Jay loves Cass

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Já haviam se passado uma semana. Eu havia pego um resfriado por ficar a noite até tarde na porta vendo se alguém, de algum lugar vinha postar as cartas na minha caixa de correio. Estava andando pela ponte (o que eu estava fazendo lá?) quando parei na amurada e fiquei encarando o nada.
– Você está doente... – Uma voz conhecida veio de algum lugar atrás de mim.
Não respondi e continuei encarando o nada quando braços se cruzaram na amurada e um par de olhos azuis encarava o nada junto comigo.
– Cass, acho que você não tem mesmo obrigação de me responder mas... – Jay dizia um pouco devagar demais, ele na verdade falava rápido, sempre parecendo não ter falado o suficiente quando concluía uma frase. – Eu estou indo para o Oregon agora, e... Eu preciso de você. Quer dizer... Até algum tempo atrás eu procurava pistas e não parecia encontrar nada, até... Quer dizer... Te encontrar.
Direcionei meu rosto ao dele. Seus olhos azuis pareciam encher os meus, castanhos, de uma melancolia estranha.
– Tudo bem. – Eu disse.
Ele não pareceu entender a resposta.
– Como assim tudo bem?
– Tudo bem eu não conseguir pensar direito quando estou perto de você, ou... Parecer uma merda de uma garota apaixonada que não raciocina, cara, eu virei a Daphne! – Ri com minha comparação, e mesmo assim não me sentia feliz. – Acho que eu culpei você pelo meu próprio egoísmo de querer te amar em meio a algo maior que meus desejos.
Senti meus olhos se encherem de lágrimas. A mão esquerda de Jay me puxou para seu peito e eu deixei as lágrimas caírem enquanto segurava com força o moletom azul escuro que ele usava.
– Vamos para o Oregon, Cass? – Jay disse no meu ouvido.
– Sim... – Eu respondi.
Jay colocou a mão direita de leve na minha cintura.
– Na verdade... Eu não faço ideia do motivo de você gostar de mim... – Ele disse ainda no meu ouvido e me abraçando.
– Porque você é um louco arrogante suicida com mania de grandeza e uma pitada de  cheiro de shampoo masculino. – Respondi rindo.
– E você é uma baixinha desbocada irritadiça louca por mistérios com cheirinho de torta de morango. – Ele disse também rindo.
– Torta de mirango? – Perguntei.
– Você tem um cheiro muito forte de torta.
Jay acabou me acompanhando até em casa e ao chegar na porta e colocar a mão na caixa de correio lá estava outra carta.
– Merda... Perdi o carteiro esquisito!

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⏰ Última atualização: Feb 01, 2017 ⏰

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