Bonus

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                       Jiane Versión

        
                Quando eu abri os olhos pela primeira vez foi uma grande felicidade, eu senti a presença de todo mundo, da mamãe, do médico mas ainda faltava algo que eu só não sabia o que. Eles me entregaram para ela e eu pude ver a sua felicidade, ela sorria e chorava, e eu também.

Quando finalmente ela foi liberada eu pude conhecer a minha nova casa, estava tão anciosa mas quando chegamos bem não era o que eu esperava mas tudo bem, eu passei bons meses  com ela porém ela ainda parecia triste e preocupada. Em uma manhã ela me deu banho e me arrumou todinha, preparou minha bolsa e então saímos. Mamãe estava disfarçada e eu não sei porque, talvez uma festa a fantasia. p
Pegamos um táxi e assim que chegamos, vi uma casa muito grande com vários andares, andamos até onde um homen estava.

Mamãe conversava coisas com ele que eu não entendia, então apenas fiquei observando cada detalhe daquele lugar ela terminou de conversar e então entramos em uma sala em que se mexe, eu achei super divertido. Quando mamãe entrou, apertou alguns botões ai ela se fechou e começou a se mexer, foi divertido.

A sala que se mexia então parou e a porta abriu, nós saímos e andamos por um corredor até ela encontrar a porta em que tanto procurava, ela pegou a chave e entrou devagar nunca tinhamos vindo a um lugar assim eu me perguntava porque estamos em silêncio?
Porque mamãe tem a chave desse lugar?
Ela abriu a porta de um quarto bem devagar e se aproximou da cama, foi aí que eu senti era aquela sensação que faltava naquele dia era um moço que estava dormindo e  parecia que não iria acordar tão cedo, mas mesmo sentindo aquilo eu queria saber o que ele era e porque eu estava sentido aquilo.

Mamãe então me abraçou bem forte e beijou na bochecha, depois ela disse baixinho no meu ouvido "vai dar certo" e então me colocou alí sentada naquela cama com aquele moço, mamãe então estava chorando, ela saiu do quarto e eu fiquei só. Naquele momento eu achei que ela só tinha saído para fazer meu mingau mas não ela não voltou mais e eu não me sentia só. Começei a brincar com as minhas mãozinhas e fazer sons com a boca.

Já estava começando a ficar entediada até o moço despertar ele levantou com dificuldade parecia que estava viajando em outro planeta e quando me viu levou um susto tão grande, achei graça daquilo e então sorri, ele era um moço bem bonito e parecia ser legal. Ele me perguntava "Quem é você? Cadê sua mãe?" e eu respondia mas ele não escultava.

Ele me disse:

— É, oi ser humaninho!  Aonde está sua mãe? E como foi que entrastes aqui?

–A mamãe foi fazer mingau mas tá demorando. Ah me desculpe, oi moço!
-respondi para ele mas ele não me escutou.

—Que ótimo Jimin, falando com um bebê como se ele fosse responder!

—Mas moço eu respondi e pera você me chamou de que?

Ele levantou da cama e começou a andar de um lado para o outro, parecia preocupado e pensando em algo. Até que ele me carregou no colo e me levou até a sala, pegou o telefone e ligou para alguém. Ele perguntou se alguém havia subido para seu apartamento e eu respondi "foi minha mãe" mas ele não me escutou até que ele falou algo que fez todas as minhas perguntas sumirem ele disse que era meu pai foi ai que eu pude entender o que era aquela sensação que eu senti ele era o meu papai mas e a minha mamãe?

Meses se passaram e eu ganhei vovó e vovô, minhas memórias de bebê se foram também.
Papai aprendeu a cuidar de mim, éramos inseparáveis. Para mim só existia eu e papai, não faltava nada. A eu adorava nossas brincadeiras, a hora do banho, do lanche e a hora em que eu mas gostava a hora de dormir. Não é porque sou preguiçosa e tal mas era a hora em qua eu dormia ao seu lado e podia sentir o seu perfume,  ele cantava para mim e como eu amava aquilo, sua voz era doce e acabava com toda minha tristeza, eu adormecia se é que eu tinha tristeza papai não gostava de me ver chorar sempre fazia algo para me ver sorrir. De manhã ele ligava a TV, eu adorava assistir com eles os desenhos animados, logo depois ele me dava banho. Confesso de que às vezes chorava pela água fria mas logo passava então eu mamava e íamos brincar.

Um dia um homem de roupa social veio até em casa com uma maleta tirou alguns matérias dela ele fez teste de saliva comigo e com o papai o homem disse que o resultado saíria em 15 dias.

Durante esses dias papai e eu nos divertimos muito de noite havia vários vagalumes e eu adorava brincar com eles.

–Ya criança veja como eles voam, você gosta? -papai me perguntava enquanto apontava para eles.

—É claro que eu gosto papai -respondia mas como sempre ele não podia me ouvir.

—Eu queria poder voar assim como eles ai eu te levaria junto comigo. -Papai era muito carinhoso comigo eu adorava o jeito que ele falava.

Na hora de dormir papai me dava banho e tinha bolhas de sabão por todo banheiro,  nós gargalhavamos daquilo. Depois ele me secava e me vestia roupas quentinhas, logo ele me dava mingau enquanto cantava aos poucos o sono chegava e eu apenas sonhava.

Semanas se passaram e aquele homem retornou e trouxe o resultado papai agradeceu e ele o moço foi embora.

Papai parecia pensativo algo estava deixando ele inquieto eu só queria que ele abrisse aquele envelope e descobrise o que era mas por algum motivo ele não abriu.

—Hey criança eu não preciso de teste de DNA para saber se você é minha filha ou não, mesmo que dê negativo o meu amor por você nunca vai acabar então é melhor continuarmos nossa vida se um dia você quiser abrir.

–Do que está falando papai não sou sua filha? -perguntei mas ele não respondeu.

Ele pegou o envelope e guardou em uma gaveta no seu quarto fechou e logo em seguida. Ele me olhou nos olhos e sorriu, beijou minhas bochechas e me abraçou bem forte.

Desde desse dia nada mudou quer dizer quase nada a curiosidade estava me matando bem eu aprendi a falar e a ler agora só precisava achar a chave daquela gaveta.

Enquanto papai preparava o almoço aproveitei para ir atrás da chave procurei, procurei até que encontrei abri a gaveta devagar e tirei o envelope fiquei fitando ele pensando se abria ou não, Quando ia abrir papai entra.

—Querida o almoço está... O que está fazendo? -ele me olhou confuso.

—Nada papai. -repondi tentendo disfarçar.

—Você está mexendo nessa gaveta?  Por que?

—Porque eu quero saber o que está escrito aqui. -Disse mostrando o envelope.

—A então agora você está curiosa? -ele perguntou sentando ao meu lado.

—Sim, quer dizer não sei.

—Olha eu também quero muito saber o que está escrito nesse papel mas como eu disse a você quando era bebê não importa se é positivo ou negativo, o meu amor por você nunca vai acabar então eu e você não precisamos nos preocupar com esse papel.

—Entendo... Então que tal queimarmos? -disse a ele.

—É será bom para nós dois.

Nos levantamos e fomos até a lareira que tinha em casa papai então preparou o fogo antes de ele jogar o papel eu o olhei e disse:

—Papai eu amo você!

—Eu também amo você filha!

Nós jogamos o envelope na lareira e aos poucos ele foi queimando e o resultado... Quando olhei para o papel pude ver a resposta de todas as minhas perguntas.

Resultado: Positivo.

Oi voltei com esse capítulo bonus
Para recompensar em breve tem novas novidades então aguardem
Novamente obrigada e desculpem os erros.

De Repente Pai? Onde histórias criam vida. Descubra agora