2 - R E B E L

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Capítulo narrado por Nick 

{passado}

-Nick, vamos logo cara! - Ethan me chamava, com a sua voz que quase chegava a ser irritante.

- Calma, cara, já estou quase terminando. - Disse, sem tirar os olhos da perfeita arte que fazia. 

- Anda rápido, cara, se eles pegarem a gente aqui estamos ferrado. - Ele diz, caminhando de um lado para o outro atrás de mim.

- Relaxa cara,ninguém vai pegar a gente. - Digo calmo. - Pronto terminei! - disse sorrindo, alguns poucos segundos depois, enquanto via minha obra de arte que tomava quase a parede inteira, sem contar com as outras paredes do resto do local, é claro.

- Eu não acredito que você tá pichando a sala do seu pai. - ele diz incrédulo. - Quando o velho ver isso ele vai querer te matar.

- Primeiro, eu não estou pichando nada, isso é grafite tem diferença - digo rindo - Segundo, eu tô me lixando para o que o velho vai dizer - continuo, após uma breve pausa. -E, terceiro, eu dei vida para essa sala, antes isso não tinha vida, graça, não tinha cor! - digo enquanto rio, fazendo gestos com as mãos, mostrando o resto da sala, que tinha as paredes marcadas por mim. 

- Você é maluco, Nick - Ethan disse, rindo.

- Agora vamos sair daqui. Preciso beber - Digo. Pego todas as latas de tinta e as jogo dentro da minha mochila.

Ethan e eu saímos da Lancaster Company, subimos em nossas motos e fomos a procura das únicas coisas que nos importava no momento; bebidas e mulheres.


Horas antes

-CADÊ AQUELE MOLEQUE? 

Escuto gritos vindo da sala e acordo assustado

-Aí - Digo, assim que faço esforço para me levantar. Minha cabeça estava me matando. Logo me deito outra vez, não conseguiria ficar sentado por muito tempo. Coloquei as mãos no rosto.

-EU VOU MATAR AQUELE MOLEQUE.

Novamente escuto os gritos vindo do andar de baixo, só que dessa vez reconheço de quem são os gritos que me fizeram acordar. O poderoso David Lancaster estava ao berros e eu já imagino o porquê. A porta é brutalmente aberta por David. Olho pro seu rosto brilhando de raiva e sorrio, apenas por saber que aquilo iria irrita-lo ainda mais e também pelo divertimento que senti por vê-lo emanando tanto ódio. 

-Eu vou te matar, seu desgraçado. -Ele diz partindo para cima de mim. Dando-me um soco no rosto e outro na barriga.

-É só isso que sabe fazer?- Perguntei, sorrindo com desdém.

Já estava acostumado com seus ataques de fúria, sempre que eu fazia alguma merda ele me batia e dessa vez não seria diferente.

-Eu vou te matar seu, moleque insolente. - Ele diz partindo pra cima de mim novamente. Vários socos são deferidos sobre meu rosto.

-DAVID, PARA, VOCÊ VAI MATAR ELE. -Mamãe grita assim que entra no quarto. 

David para imediatamente. Sempre era assim ele me batia até que mamãe chegava e o fazia parar. David era uma merda com todo mundo, menos com mamãe, ele nunca a machucou e nunca machucaria. Eu odiava o cara com todas as minhas forças mas tenho que reconhecer que ele era um ótimo marido. Pelo menos uma boa qualidade ele tinha que ter. Eu já tenho 18 anos e já sou mais forte que David se quisesse poderia acabar com ele, mas nunca revidei suas agressões por causa dela, Amélia Lancaster, minha mãe. Ela amava ele e eu sabia que se batesse nele ia magoa-la, e eu não suportaria saber que eu a machuquei de alguma forma.

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