*Alexandre*
Hoje seria o grande dia, iríamos fazer uma "troca", o grupo de operações de lá iria para outra favela e nós ficaríamos no comando, instalação de uma nova UPP.
— Deus te abençoe, eu te amo.. — Vanessa fala beijando meus lábios.
— Amém, também te amo.
Coloco minha arma na cintura e espero a viatura, logo eles chegam e eu entro no carro, cumprimento os policiais ali presentes e seguimos até a Vila Operária.
— Tá nervoso, mermão? — Ricardo pergunta pra mim.
— Tô achando estranho, pô.. — falo ao entrar na favela.
A comunidade olha ao ver os camburão chegando, observo uma loira muito bonita olhando para nós e rindo.
— Caralho, que gostosa! — exclama o Ricardo.
— Demais.. mas olha a cara dela, deve ser marmitinha de traficante.
— Tô ligado, mas quero casar com ela não, só comer mesmo.
— Filho da puta! — digo rindo.
Chegamos ao local da instalação da UPP, a base já havia sido tirada do contêiner.
— Atenção, sejam muito bem vindos! O plano é não deixar vagabundo traficar, roubar... qualquer coisa vocês pegam a pistola e sentam o dedo, tolerância zero! Entenderam? — pergunta o delegado João Silva Nascimento.
Nós afirmamos com sonoros "sim", na real mesmo? Ninguém parecia entender, cadê o treinamento? As armas? Como assim senta o dedo? Cadê a abordagem? Estamos só com algumas pistolas, dois fuzil 762 e algumas granadas..
O dia passa tranquilo, fizemos umas rondas no morro, encontramos uns menores fumando maconha e metemos o socão, se fosse o Ricardo teria feito comer a erva e metido bala.
— Mô, cheguei! — digo satisfeito após chegar em casa às 23h.
— Meu amor! — Vanessa pula no meus braço e me beija calorosamente.
Jogo a Vanessa na cama, tiro sua roupa e beijo seu corpo com calma, chupo a sua intimidade e ela solta um gemido, eu então começo a penetrar com força, com bastante força e começo a dar estocadas na Vanessa, que começa a gritar e arranhar minhas costas, chegamos ao extremo do prazer, gozamos juntos e puxo seu corpo para perto do meu.
— Te amarei de janeiro a janeiro.. — digo beijando seu rosto e recitando uma frase da nossa música.
— Até o mundo acabar... — ela completa adormecendo em meus braços.
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*Mikaelly*
— VR, já brotaram aqui os pm, são tudo novinho pô, vai ser fácil.. — digo após Vanutti Raphael atender minha ligação.
— Tranquilo, fica de olho, hein! Nem pensa em se engraçar com esses filho da puta, tu é minha!
— Tu tá maluco, pô?! Tu só me come, nunca me assumiu.
— E nem vou, tchau.. — ele diz finalizando a ligação.
Eu fico com VR às vezes, e agora tô aqui no morro só de olho na movimentação, quero meu morro de volta, os bailes, os traficantes passando com fuzil, eu dando gostoso para o VR, por isso tô nessa com ele até o fim.
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Genteeee, começarei a postar regulamente após o fim de "A fiel", comentem bastante! Beijos 😘
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Sobrevivendo ao inferno.
Short StoryÉ impossível não se corromper quando o próprio sistema é corrupto e forma homens piores do que ele, os protegendo debaixo de patentes e dando segurança pra vagabundo agir. Chegou ao ponto da própria população não fechar mais comigo,fechando com erra...