Capítulo 9

64 12 0
                                    

O Rio de Janeiro tá em guerra, e os policiais sabem disso, e fomos treinados para guerra.

- Ricardo, se a gente botar a boca no trombone vai dar merda! Não temos prova.

- tô ligado, pensei nisso.

- nessa porra deve ter olheiro... não acha? -falo enquanto mando uma mensagem de desculpas para Vanessa.

- tem pô! Vi uns moleques estranho essa semana... moreno, cabelo pintado de loiro, nunca o vi por lá.

- vamos lá? - digo levantando da cadeira do bar.

- não estamos de serviço... não será perigoso?

- sempre é.... seu Messias bota na minha conta aí. - digo já montando na minha moto.

Seguimos até o morro, e quando estávamos entrando vimos a loira com cara de puta saindo de um carro preto fosco, que a deixou na entrada do morro.

Cutuco o Ricardo que estava  na garupa e ele exclama: - filha da puta!

- qual foi?!

- eu peguei essa mina pô, será que ela é do movimento?

- bora chegar nela.

Espero a vagabunda entrar dentro da casa dela e nos colamos lá.

Ricardo anunciou na porta que estava entrando ela só não esperava que eu  estivesse com ele também.

- qual foi?- ela fala ao me ver.

- tá aqui passando informações porra?- ele fala dando um retão nela.

- tá maluco? Encosta em mim não fio.- ela tenta ir para cima dele e eu chuto seu estômago ela cair no sofá.

- cês tão maluco, né? O que eu fiz porra!?

- deixa só eu ficar sabendo de algo ,sua puta. Eu te mato, se mete não com minha corporação.- ele fala colocando o dedo na cara dela.

- pega a maconha.- digo firme após ver um dixavador na mesinha da sala.

- que maconha?- sua voz oscila.

- ah não! Pegou com quem a porra da maconha, mikaelly?- Ricardo fala observando o mesmo que eu.

- peguei na pista, com uns moleques pô, vocês tão viajando em mim.- ela diz com a mão na cabeça.

- com que moleques!?- falo já enraivado.

- que fica... fica perto de um supermercado, sabe? Um branquinho.- ela diz nitidamente mentindo.

Ricardo levanta ela, e a leva até o quarto, ela faz um sinal me chamando, mas eu nego com a cabeça, ele seria cruel, e eu, às vezes sinto pena, mas ela merece, quem fecha com bandido não presta.

Ouço gritos, e coisas caindo.

- tá bom fio, vai matar ela!- digo batendo na porta.

- A puta confessou! - ele diz satisfeito, ele abre a porta do quarto e eu entro, observo ela caída e mando ela levantar e contar tudo que sabe, eu e Ricardo observa e escuta tudo com atenção.

Sobrevivendo ao inferno.Where stories live. Discover now