O Rio de Janeiro tá em guerra, e os policiais sabem disso, e fomos treinados para guerra.
- Ricardo, se a gente botar a boca no trombone vai dar merda! Não temos prova.
- tô ligado, pensei nisso.
- nessa porra deve ter olheiro... não acha? -falo enquanto mando uma mensagem de desculpas para Vanessa.
- tem pô! Vi uns moleques estranho essa semana... moreno, cabelo pintado de loiro, nunca o vi por lá.
- vamos lá? - digo levantando da cadeira do bar.
- não estamos de serviço... não será perigoso?
- sempre é.... seu Messias bota na minha conta aí. - digo já montando na minha moto.
Seguimos até o morro, e quando estávamos entrando vimos a loira com cara de puta saindo de um carro preto fosco, que a deixou na entrada do morro.
Cutuco o Ricardo que estava na garupa e ele exclama: - filha da puta!
- qual foi?!
- eu peguei essa mina pô, será que ela é do movimento?
- bora chegar nela.
Espero a vagabunda entrar dentro da casa dela e nos colamos lá.
Ricardo anunciou na porta que estava entrando ela só não esperava que eu estivesse com ele também.
- qual foi?- ela fala ao me ver.
- tá aqui passando informações porra?- ele fala dando um retão nela.
- tá maluco? Encosta em mim não fio.- ela tenta ir para cima dele e eu chuto seu estômago ela cair no sofá.
- cês tão maluco, né? O que eu fiz porra!?
- deixa só eu ficar sabendo de algo ,sua puta. Eu te mato, se mete não com minha corporação.- ele fala colocando o dedo na cara dela.
- pega a maconha.- digo firme após ver um dixavador na mesinha da sala.
- que maconha?- sua voz oscila.
- ah não! Pegou com quem a porra da maconha, mikaelly?- Ricardo fala observando o mesmo que eu.
- peguei na pista, com uns moleques pô, vocês tão viajando em mim.- ela diz com a mão na cabeça.
- com que moleques!?- falo já enraivado.
- que fica... fica perto de um supermercado, sabe? Um branquinho.- ela diz nitidamente mentindo.
Ricardo levanta ela, e a leva até o quarto, ela faz um sinal me chamando, mas eu nego com a cabeça, ele seria cruel, e eu, às vezes sinto pena, mas ela merece, quem fecha com bandido não presta.
Ouço gritos, e coisas caindo.
- tá bom fio, vai matar ela!- digo batendo na porta.
- A puta confessou! - ele diz satisfeito, ele abre a porta do quarto e eu entro, observo ela caída e mando ela levantar e contar tudo que sabe, eu e Ricardo observa e escuta tudo com atenção.
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Sobrevivendo ao inferno.
ContoÉ impossível não se corromper quando o próprio sistema é corrupto e forma homens piores do que ele, os protegendo debaixo de patentes e dando segurança pra vagabundo agir. Chegou ao ponto da própria população não fechar mais comigo,fechando com erra...