Não estava sendo nada fácil me manter concentrada no jogo com o Instrutor Storne na minha frente sem camisa. Ele estava com os pés descalços, usando apenas a calça jeans pendurada nos quadris, que deixava muito pouco para a minha pobre imaginação. Duas entradas muito sexys com formato em 'V' só faziam com que o pensamento de ter minha língua percorrendo elas até... Deus, eu preciso parar com isso! Se comporte, Beatrice!
- Trice, você está me ouvindo? - Storne me encarava, divertido, enquanto eu fui pega olhando descaradamente seu peitoral e todo o... conteúdo.
- Am? O que? – perguntei, confusa. Droga! Eu acho que preciso de sexo.
- Eu disse que já pensei em alguém. – respondeu, concentrado, olhando o que ele tinha escrito no bloco de notas, fez alguns rabiscos a mais na folha e olhou pra mim.
- Oh, sim, vamos lá! – falei, com risinhos desconfortáveis, tentando disfarçar os pensamentos maliciosos que estava tendo.Já fazia algumas horas que nós havíamos chegado a seu apartamento e fiquei surpresa quando entramos.
Storne parecia ser uma cara extremamente organizado, daqueles que separam até as meias por cores, pelo menos na minha cabeça.
O que não era o caso.Ele tinha um apartamento enorme e cheio de equipamentos de paraquedismo espalhados pela sala. Se eu não soubesse que ele trabalhava em um local próprio para saltos, eu podia jurar que era aqui que aconteciam os treinamentos, pois ele realmente trazia o trabalho para casa. Ele se desculpou e parecia realmente envergonhado. Foi engraçado vê-lo lutando com todas as roupas e equipamentos de paraquedismo, mas não passou despercebido que ele apenas pegou tudo no braço e jogou discretamente, ou não tão discretamente assim, atrás do balcão da cozinha. Eu sorri e fingi que não vi, mas foi até bonitinho ver que ele tentou.
Eu sentei no sofá de couro preto, que se encontrava na sala, e reparei no porta retrato, que estava na mesinha de centro, onde um Instrutor Storne, magro e com espinhas na cara, estava no meio de um casal muito parecido com ele e de um menino que parecia ser alguns anos mais velho que ele, e eu deduzi que fosse seu irmão. Quando ele viu o que eu olhava, me contou que seus pais moravam nos Estados Unidos e que ele tinha ido estudar na Austrália, que era onde seu irmão morava desde que terminara a faculdade. Ele disse que se apaixonou pelo local e acabou virando sócio do irmão na "Darkness", mas que, como um bom aventureiro, fez um curso e se tornou instrutor de paraquedismo e, por isso, como seu irmão se dedicava totalmente a boate, ele não se dava ao luxo de ser chamado de dono também. Então, ele achou que tinha falado o necessário e me perguntou sobre mim. Contei a ele que morava com a Cassie, próximo a faculdade, e que estava no penúltimo ano de Administração de Empresas. Meus pais moravam numa cidade no interior e eu os visitava todos os feriados e um fim de semana por mês.
Conversamos por muito tempo e eu me sentia muito melhor depois de ter tomado um remédio pra dor de cabeça, já que o efeito da bebida havia passado. Storne disse que eu tive sorte de não ser do tipo de bêbada que vomita.E agora aqui estávamos nós, jogando um jogo que se chamava "Na Testa" e consistia basicamente em escrever o nome de alguém ou alguma coisa em um papel e colar na testa do adversário, que teria que adivinhar o que estava colado em sua testa. Eu sugeri o jogo, logo depois que eu e Storne havíamos nos acabado dançando "Just Dance" no Xbox, e ele disse que só jogaria se quem perdesse tirasse uma peça de roupa. Eu sei que ele falou brincando, porque eu vi o brilho de divertimento nos olhos dele, mas eu acabei aceitando, porque eu realmente era boa nesse jogo. Afinal, eu estava sem os meus sapatos e o casaco, enquanto um Storne muito competitivo, após perder o jogo de dança, estava prestes a perder a calça.
- Trice, você só estava com um vestido e sapatos, como é que eu sou o único quase pelado aqui? - Storne perguntou, enquanto grudava a folha na minha testa. Esse jogo é um pouco estranho, mas é bem divertido, acreditem em mim.
- Nós tínhamos o mesmo número de roupas, graças ao casaco que eu trouxe, e deixei no seu carro, então não reclame! – falei, tentando ficar séria, mas acabei rindo quando Storne me olhou, frustrado.
- Dessa vez, eu vou ganhar e você vai ter que tirar esse vestido, o que é uma pena. – falou, colocando a mão no coração, como se estivesse sentido muito por mim. Eu revirei os olhos.- Vamos lá! É um homem? – perguntei, de imediato, começando o jogo.
- Sim!
- É um cantor?
- Sim.. – falou, franzindo os lábios em uma linha fina. Ele estava ficando irritado?
- Canta pop? – perguntei, divertida.
- Sim. - respondeu entre dentes. Sim, ele estava bravo.
Meu Deus, meu instrutor era tão óbvio nesse jogo! Olhei na prateleira e vi vários CDs e DVDs do Michael Jackson espalhados pela sala, mas decidi não entregar logo o jogo.- Ele é considerado um rei? – falei, mordendo os lábios para que não caísse em uma gargalhada.
- O que? Você? Mas, m-mas... - ele sentou na poltrona e me olhou com uma cara muito brava, ele ficava tão sexy. - Sim! – respondeu, por fim.
- Michael Jackson! – falei, com um sorriso brilhante e batendo palminhas. - Tira a roupa, tira, tira...
- Isso não é justo! Isso é abuso sexual! Isso não valeu. - Storne ficou resmungando consigo mesmo, enquanto tirava a calça jeans e ficava com apenas uma boxer vermelha.Naquele momento, eu entendi onde havia me metido. Eu estava com um cara extremamente lindo, usando apenas uma boxer vermelha, enquanto eu estava com um mini vestido, apertado, e descalça. Storne me observou, enquanto eu o olhava, e eu não pude conter e acabei lambendo os lábios, enquanto olhava o seu peitoral, os gomos perfeitos e as suas entradas que desapareciam em sua boxer. Assim que olhei seu volume, eu podia jurar que vi que estava um pouco mais apertado e senti minhas bochechas esquentarem, mas eu não conseguia desviar o olhar. Eu o queria, pelo amor de Deus. E eu não estava fugindo ou fingindo o contrário.
- Você gosta do que vê? - Storne perguntou, com as pupilas dilatadas mostrando o mesmo desejo que refletia os meus olhos, senti minha respiração ficando descompassada.
- Sim. - suspirei.
- Você que tocar em mim, Beatrice? - ele perguntou, enquanto se aproximava de mim e pegava minha mão, me levantando de encontro a ele.
- Sim. - respondi.
Eu parecia um disco riscado, respondendo essa patética palavra com três letras, mas que dizia tanto, e o instrutor não parecia se importar. Ele soltou um grunhido satisfeito quando eu coloquei minha mão no seu peitoral e fui descendo por ele todo.- Eu quero te lamber aqui. – falei, enquanto passava meus dedos em suas entradas em V.
Oh, meu Deus.
Eu disse isso mesmo? Sim, eu disse.
- Ei, ei, não precisa ficar com vergonha. - Storne falou, tirando minhas mãos, que cobriam meu rosto, e me deu selinho delicado. - Eu gostaria que você me lambesse. - Ele falou rindo e eu ri com ele.
- O que você está fazendo comigo? – perguntei, enquanto passava meus dedos em seus lábios.
- Não, Trice! A pergunta certa é: o que você está fazendo comigo?E então ele me beijou.
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WILD ONES
Short StoryBeatrice foi traída pelo namorado com a sua prima e pra ajuda-lá a "superar" essa depressão, ela e sua melhor amiga, Cassie, fazem uma lista de 5 coisas que ela terá que fazer antes de completar 21 anos. Até aí, tudo bem, Beatrice só não fazia idéia...