Capítulo Dezenove

41 3 1
                                    

Daniel's

Leve. Eu me sentia leve como uma pluma agora que a Isa já sabe de tudo. Juro que pensei que a Anne iria inventar mais fofocas e intrigas que me envolviam, mas não, ela falou tudo e só a verdade, apesar que a gente teve que pisar no calcanhar dela pra ela cair, agora ela tá fora de jogo e tudo o que eu mais quero é ter para sempre essa mulher nos meus braços.

Isa sussurrava em meu ouvido direito a letra da música que tocava nas caixas de som do bar enquanto eu a conduzia pelo espaço em uma dança suave, apenas um sentindo a presença do outro. Seus lábios tinham o mesmo sabor do nosso último beijo, ela usava o mesmo perfume e o seu cabelo estava mais longo e brilhante.

- No que você tá pensando? - escutei a Isa sussurrar em meu ouvido tirando-me dos meus devaneios. Afastei meu rosto do seu cabelo e a fitei sorrindo.

- No quanto você tá linda! – murmurei e seu rosto ficou vermelho como um pimentão.

- Obrigada... – disse timidamente enquanto escondia seu rosto em meu peito.

- Vamos dançar? – indaguei e ela tirou a cabeça do meu peito olhando-me.

- Pensei que a gente estivesse dançando... – ela sussurrou enquanto seus dedos afagavam os meus cabelos.

- Bem, já que a senhorita não quer ir dançar comigo acho que vou pra casa... –fiz que ia tirar minhas mãos dela, mas Isa apertou seu abraço impedindo-me de me afastar.

- Eu te levo já que você veio comigo! – e a contra gosto ela me soltou andando na minha frente para fora do bar e eu a segui.

- Posso te perguntar uma coisa? – indaguei e ela assentiu com a cabeça, respirei fundo e falei: - Em qual posição eu fico?

- Na... – e ela parou de andar abruptamente, parei ao seu lado e ela se virou para mim completando sua frase anterior. – Na posição de amigo, oras!

- Melhor que nada... – sussurrei em seu ouvido retomando o caminho para o carro dela. Um tempinho depois escutei seus passos atrás de mim e ela logo me alcançou, desativou o alarme e entrou no carro me dando um sorrisinho de lado, sentei no banco do carona e ela girou a chave na ignição fazendo o motor roncar.

- Casa? – Isa perguntou quando paramos em um semáforo.

- Hoje sim, apesar de que eu preferia a sua companhia... – Isa me olhou intrigada soltando um risinho em seguida.

- Isso é um convite Danny? – meu nome soava como uma melodia em sua voz.

- Interprete como quiser... – dei de ombros, indiferente porque eu tinha a certeza que ela iria aceitar com essa minha resposta.

- Pois bem... – e ela parou por um instante, pensativa. - Obrigada pelo convite, vou pra casa estudar já que matei uma aula da facul...

- O que? – praticamente gritei para ela que riu pelos próximos dez minutos. Não achei graça nenhuma.

- Me de um motivo! – Isa disse assim que se recuperou da sua crise de riso.

- Danny Suede, ele é um bom motivo! – ela espreitou os olhos para mim negando com a cabeça.

- Segunda chance!

- 3° carta?! – sussurrei meio em duvida.

- Feito! – e estendeu a sua mão para mim que a apertei. Logo à frente avistei a rua em que eu residia, e eu tinha que mexer os meus pauzinhos e arrumar a surpresa de última hora. Tirei meu celular do bolso e digitei uma mensagem para o Mica.

Para Sempre JuntosOnde histórias criam vida. Descubra agora