Capítulo Vinte e Dois

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Daniel's

Não consigo nem descrever qual é a sensação de olhar para o lado ao acordar e ver a sua futura esposa toda encolhida em seus braços te fitando com um sorriso bobo nos lábios. É uma sensação de imenso prazer e amor, de alegria e euforia, enfim, é uma mistura de todos os sentimentos bons existentes. Deposito um beijo carinhoso na sua testa e em resposta eu ganho um carinho nos meus cabelos. Após ela ter aceitado o meu pedido de casamento, jantamos com a Helo e o Mica ao livre e sob a luz da lua, ficamos um tempo lá jogando conversa fora até começar a bater um vento frio e as horas gritaram para nós.

Pegamos tudo que tínhamos levado para lá e levamos para dentro, arrumei as coisas que eu havia utilizado e a Isa fez questão e guardar todos os bilhetes e até as flores. Depois de estar tudo em ordem, nos perdemos um no outro, na nossa melodia de amor. E agora aqui estamos nós, debaixo dos lençóis com as nossas pernas entrelaçadas enquanto um sente a presença do outro.

- "Eu vou, eu vou, eu vou... – escutei ela sussurrar em meu ouvido em uma melodia. – Ficar com você amor... [17]"

- Acho bom! – falei brincando e beijando o seu nariz. – Ah droga!

- O que foi? – Isa perguntou erguendo a cabeça do meu peito e me fitando.

- Eu ia te trazer café na cama, mas a senhorita resolveu acordar antes de mim! – resmunguei tapando meus olhos com o braço, Isa se aproximou e tirou meu braço de onde estava.

- Bem... – ela parou de falar, mas logo continuou. – Agora são 11h45, se você quiser fazer o meu almoço eu aceito!

- Nem quer nada, né!? – murmurei e a agarrei. – Mas eu tinha planos de comermos fora e depois sairmos à noite, o que acha?

- Fechado amore mio! – e em um passe de mágica se desvencilhou dos meus braços e pulou para fora da cama, e eu, claro, não pude deixar de admirar a bela paisagem.

- Admirando amor? – escutei ela falar enquanto deslizava uma blusa pelos braços.

- Sempre! – decidi me levantar também, joguei as cobertas para o lado e corri para o banheiro, fiz a minha higiene matinal e saí passando o meu perfume.

- Uhm... – Isa falou se aproximando e fungando no meu cangote, passei meus braços pela sua cintura e beijei seus lábios carnudos. – Tá cheiroso!

- Eu sei! – falei me gabando, ela me deu um tapinha no braço sorrindo.

- Convencido!

- Realista! – retruquei a soltando e indo até a minha mala, peguei uma camiseta e uma calça jeans, as vesti, e calcei meus vans. Dei um trato no cabelo e me olhei no espelho, eu estava razoável.

- Vamos? Estou faminta! – Isa disse e eu apenas assenti com a cabeça, peguei minha carteira, celular e chaves e Isa fez o mesmo, entrelaçamos nossos dedos e saímos do quarto.

Na sala da casa onde estávamos hospedados Helo e Mica dormiam em um dos sofás, totalmente grudados um no outro. Decidimos não acorda-los, por isso saímos sem fazer muito barulho, entramos no meu carro, girei a chave na ignição e fomos em direção ao centro da pequena cidade. A mão da Isa pousou sobre a minha coxa e ali ela ficou durante todo o percurso.

Depois de ter dado umas voltas pela cidade à procura de um restaurante ou lanchonete, achamos uma churrascaria e nesse momento eu não tinha mais tempo para procurar outro lugar, meu estomago já estava comendo o meu fígado. Qual é? Depois de todos os esforços da noite passada, acordar tarde e ainda sair sem tomar café não é pra mim, mereço um desconto.

Para Sempre JuntosOnde histórias criam vida. Descubra agora