Capítulo Quatro

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Daniel's

O despertador tocou exatamente às 6h30 em ponto, ou seja, a hora em que eu havia o colocado para tocar. Tateei o criado mudo em busca do despertador e assim que o achei o alivio me inundou, apertei um botão qualquer e ele logo parou. Coloquei a minha cabeça novamente no travesseiro e adormeci, até o meu celular começar a vibrar embaixo do travesseiro, peguei-o e atendi sem olhar para o visor.

- Alô? – resmunguei fechando os olhos.

- Dia, amor! – Amor? Eu escutei direito? Abri um olho e olhei no visor que indicava o nome da Isabella, porque será que ela está me ligando tão cedo?

- Tá tudo bem? – indaguei sem rodeios.

- Mais ou menos, por quê? – notei a pitada de curiosidade na sua voz. - Você estava dormindo?

- Estava... – sussurrei e franzi a sobrancelha. – Porque mais ou menos?

- Coisa de mulher... – ela disse. – Você não ia sair às sete da matina de casa?

- E vou! – falei desanimado só por lembrar.

- Amor, acho que você dormiu um pouquinho de mais... – Como assim? - me perguntei. – São sete e quinze no momento.

- O que? – gritei pulando para fora da cama, o que não deu muito certo já que me embolei nas cobertas e acabei caindo no chão como um saco de batatas.

- Tá tudo bem? – escutei a Isa falar, levei o celular ao ouvido e respondi.

- Sim, tudo! – suspirei. – Agora vou ter que me arrumar, porque tô super atrasado. Tchau, te ligo depois...

- Tchau! – e desliguei o celular jogando-o em cima da cama e correndo em seguida para o banheiro.

Escovei os dentes rapidamente e fiz a minha higiene, voltei para o quarto tirando o pijama rapidamente e vestindo a primeira roupa que eu achei na frente, passei perfume e juntei todas as minhas coisas correndo para fora daquele quarto. Assim que cheguei à cozinha me permiti respirar, encontrando a minha mãe tomando café tranquilamente, ela me olhou e arqueou as sobrancelhas.

- Pensei que já tivesse ido... – ela comentou bebericando o seu café extra forte que me dava náuseas.

- Me atrasei, mas já estou indo... – cochichei pegando um achocolatado, e lhe dando um beijo na testa.

- Dirija de vagar, tchau! – apenas acenei de volta de costas para ela, saí da cozinha e rumei para a garagem. Joguei a minha mochila no banco de trás e apertei o botão do portão da garagem, assim que ele se ergueu completamente saí da garagem e quando eu já estava devidamente na rua, pisei fundo no acelerador fazendo os pneus cantarem.

Eu teria muitas horas de viagem pela frente, se pelo menos eu tivesse a minha lindinha do lado, junto comigo seria completamente melhor. Liguei o rádio e deixei que aquele silêncio perturbador fosse preenchido por melodias e flashbacks.

Flashback on

Cinco meses de namoro e a nossa primeira viagem juntos, sem adultos por perto para nos controlar... Pelo menos até chegarmos à chácara dos tios dela e à noite, ah a noite é uma criança. Fazia mais ou menos duas semanas que estávamos atentando nossos pais para nos deixar viajar sozinhos, confesso que com os meus pais foi fácil, mas o meu sogrão é osso duro de roer, só faltou ele dizer para a Dona Carla, minha sogrinha, que eu iria leva-la embora e não voltar nunca mais e no fim ele acabou não deixando.

Deixamos o clima esfriar e eu decidi pedir para os meus pais irem falar com o pai dela e no final deu tudo certo já que no final da noite, estava os quatro casais em uma mesa redonda jogando baralho. Terminei de colocar os materiais que eu iria usar hoje na escola na mochila e corri para o banheiro escovando os dentes e arrumando o cabelo, ou seja, bagunçando-o. Passei perfume, assim que voltei pro quarto, peguei a minha mochila e o celular deixando uma mensagem para a Isa enquanto eu descia.

Para Sempre JuntosOnde histórias criam vida. Descubra agora