Capítulo Quinze

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Isa's

Eu estava, definitivamente, cansada e nostálgica e as aulas haviam sido um saco só, fora o fato que para voltar para casa tinha o maior transito, que testou a minha paciência, que já era pouca. Estacionei o carro na garagem e juntei meus cadernos e a minha bolsa, puxei a alavanca que abria a porta e sai, mas desastrada como sou, consegui derrubar tudo o que eu segurava no chão. Bufei e me agachei para pegar meus cadernos, porém um papel dobrado me chamou a atenção, peguei-o em mãos e olhei a frente e o verso, mas não havia nada escrito. Dei de ombros e juntei meus cadernos segurando aquela folha em mãos.

Assim que abri a porta da entrada escutei várias gargalhadas juntas e por elas serem tão contagiantes acabei rindo junto. Fechei a porta atrás de mim e segui aquele som contagiante me deparando com a minha família espalhada no sofá assistindo algum filme de comédia. E eles estavam tão entretidos que nem me viram chegar por isso andei até o receptor e o apertei, fazendo a luz ligar e eles olharam na minha direção assustados, segurei uma risada e disse:

- Cheguei! – anunciei e eles respiraram aliviados, me olhando meio que atravessados.

- E aí filha como foi à aula? – perguntou meu pai que estava muito feliz por eu ter continuado a faculdade.

- Bem... – falei me encaminhando até o sofá e me sentando no meio deles. – Digamos que foi cansativa e chata!

- Essa daí puxou pra ti, amor! – falou minha querida mãe para o meu pai, que torceu o nariz e fingiu que não havia escutado.

- Mas bem, tô com fome e exausta! – murmurei me levantando rapidamente.

- Ah filha, não quer assistir com a gente? Até o Sammy tá aqui! – disse minha mãe apontando para o meu irmão que ria feito uma hiena.

- Querer eu quero, porém amanhã tenho academia e trabalho! – e tudo o que eu mais queria no momento era comida, banho, pijama e cama, sem mais.

- Tá né... – ela disse voltando a prestar atenção na TV. Dei as costas ao pessoal até que lembrei que iria ter que pedir um favor para o meu pai.

- Pai, meu pneu furou... – "Na verdade cortou..." escutei a voz do Danny na minha mente, mas logo tratei de afastar tais pensamentos. – Quero dizer cortou, será que o senhor pode levar na mecânica e daí já deixa o carro para lavar?

- A sorte sua é que amanhã estou de folga do escritório, então levo sim... – ele disse e abriu um sorriso reconfortante. – E foi você quem trocou o pneu? E como você vai amanhã para o trabalho?

- Perguntas demais! – rosnei brincalhona – Bem, foi um cara que parou para me ajudar e se ofereceu daí eu deixei porque lá nem sinal tinha e eu vou com o seu carro ou você me leva!

- Tá e eu nasci ontem pra acreditar nesse papo de que um cara te ajudou! – ele resmungou me fitando. – Desembucha Isabella!

- Deixa a menina Christian! – mamãe falou tentando salvar a pátria, mas era tarde demais.

- Bem, tentei ligar e pedir ajuda, mas não tinha sinal naquela estrada daí eu fiquei fazendo sinal pra alguém parar e passou uns pares de carros até um parar e adivinha quem era? O Danny e bom foi ele quem me ajudou e é isso, tchauzinho!

- Sempre um príncipe! – suspirou minha mãe iludida. Príncipe? Nem aqui quem dirá na China!

- Vocês voltaram? – escutei Sammy perguntar com uma sobrancelha arqueada.

- Não! – respondi curta e grossa.

Dei as costas para eles antes que surgissem mais perguntas, passei primeiramente na cozinha já que eu estava com uma fome do cão, encontrei uma pizza no congelador e a coloquei pra assar no forno. Enquanto isso, subi pro meu quarto e deixei minhas coisas em cima da cômoda e fui tomar um banho rápido, saí e vesti a minha camisola. Voltei para cozinha e esperei a pizza terminar de assar, assim que ela estava no ponto a levei junto com um copo de refrigerante para o meu quarto.

Para Sempre JuntosOnde histórias criam vida. Descubra agora