Capítulo 1: O trabalho de química

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Nova York, 6:17am.

Melissa

Abri as cortinas de meu quarto e respirei fundo. Todos os dias pela manhã, costumo olhar a janela de meu quarto e respirar o ar da matina. Fico observando, também, a minha rua e as pessoas, tanto que se bobear, eu até sei que horas cada vizinho sai.

— Melissa? É hora de se arrumar, filha, sem demora! — avisou minha mãe entrando em meu quarto.

— Já estou indo, mãe! — falei e ela saiu.

Ajoelhei-me e comecei a minha oração matinal.

Senhor Jesus, te agradeço pela minha vida e pela vida de minha família. Dou graças a Ti pelo pão de cada dia e pelo ar que eu respiro. Oh, Pai, eu reconheço que se não fosse por Ti, pela Tua maravilhosa graça, eu não estaria aqui. Eu te louvo e te agradeço por tudo, não tenho palavras para descrever o quanto és perfeito. Eu te amo, e que eu venha te amar cada vez mais a cada dia. Que eu venha conhecer mais de Ti e que o Teu Espírito Santo esteja sempre ao meu lado me ajudando a prosseguir. Abençoe meu dia, livra-me de todo mal, em nome de Jesus. Amém!

Tomei um banho com água morna, pois amanheceu muito frio em Nova York. Vesti uma calça flare jeans com uma blusa rosa clara e uma sandália com salto baixo. Deixei meu cabelo solto e desci, encontrando minha mãe tomando café com meu pai.

Eu era filha única, meus pais nunca comentaram nada do porque não terem tido outro filho, mas também eu não costumava perguntar nada quanto a isso.

— Bom dia, meus lindos! — cumprimentei sentando-me à mesa.

— Bom dia, Mel. — disse meu pai.

— Bom dia, filha, toma seu café rápido se não irá se atrasar. — avisou mamãe e eu assenti.

Tomei suco de morango com alguns bolinhos e torradas com geleia. Quando terminei, peguei minha bolsa e mamãe me levou para a escola.

Quando cheguei lá, Merlya e Katerina logo vieram me cumprimentar.

— Mel! Até que enfim você chegou! — disse Merlya e eu sorri.

— Aconteceu algo? — perguntei percebendo a empolgação delas.

— É que a Alyssa Benson vai dá uma festa amanhã à noite e, pela primeira vez, fomos convidadas! — contou Katerina, sorrindo.

— E vocês vão? — perguntei e, na mesma a hora, as duas assentiram.

— Claro que vamos! Não é todos os dias que Alyssa Benson faz uma festa e nós somos convidadas! — falou Merlya, rindo em seguida e Katerina assentiu.

— Você vai? — perguntou Katerina e eu neguei.

— Não, amanhã terá palestra na igreja que, inclusive, vocês deveriam ir. — alertei e elas reviraram os olhos.

— Ah, a gente vive indo para a igreja, mas nunca fomos para uma festa da Alyssa. Ela é a garota mais popular da escola, as festas dela devem ser o máximo. — disse Merlya e eu suspirei.

— Ver lá onde vocês vão se meter, hein? Nós, como cristãos, devemos fazer a diferença e não o contrário. — elas suspiraram como se estivessem cansadas de ouvir aquilo.

— Tá, Mel, nós já entendemos. Agora vem, se não vamos chegar atrasadas na aula. — Katerina me puxou.

— Que aula você tem agora? — perguntou Merlya.

— Química. — respondi.

Elas teriam aula de biologia, então ficamos em salas separadas. Entrei na sala e sentei ao lado de Chloe, uma colega de classe e também era da mesma igreja que eu. Nunca havíamos tido bem uma conversa, mas ela parecia ser legal. Só era extremamente tímida e não falava muito com as pessoas.

Cremos | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora