Capítulo 8: O filho pródigo

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Nova York, 07:21pm

Nicholas

✝=❤

Respirei fundo e abri a janela do meu quarto. Eu ainda não estava acreditando que faria isso, mas, se eu realmente queria ir, eu precisava colocar meu plano em ação. O plano era o seguinte: pular a janela do meu quarto e, disfarçadamente, sair de casa sem que meus pais me vejam. É óbvio que eles perceberiam que eu havia fugido, mas de fato, se eu saísse pela porta da frente, não ia ter festa nenhuma.

Alyssa me enviou uma mensagem avisando que estava me esperando na esquina da rua e agora não poderia desistir.

É agora ou nunca.

Após subir no parapeito, impulsei meu corpo e pulei. Minha sorte, era que a janela não era muito alta, então o risco de eu quebrar uma perna ou um braço estava fora de cogitação. Rapidamente saí da minha casa e, por sorte, meus pais não perceberam minha fuga. Por enquanto.

Avistei o carro vermelho de Alyssa e me aproximei.

— Pensei que não viria! — afirmou assim que me viu.

— Eu não desistiria!

Ela depositou um beijo na minha bochecha e deu um sorrisinho antes de entrar em seu carro. Fiz o mesmo e logo ela deu partida. Ela vestia um vestido preto brilhoso e curto.

— Ahn... Como seus pais permitem que todo final de semana você saia para festas? — perguntei e ela deu de ombros.

— Eles não dão a mínima pra isso — respondeu, simplesmente, e eu apenas assenti.

Após alguns minutos, ela estacionou o carro em frente a uma casa. A uma mansão, para ser mais exato. A casa era enorme e havia um som muito alto, qualquer pessoa aquele barulho de longe. Havia muitas pessoas entrando e saindo da casa. Segui Alyssa e pude ver que a casa estava lotada. Havia algumas pessoas na piscina e outras fora, na pista de dança, ou se agarrando com alguém. Confesso que fiquei um pouco perdido, mas Alyssa segurou minha mão e me conduziu até um grande salão da casa, onde haviam várias pessoas dançando.

— Seja bem vindo à casa de Max Steiner! — falou ela, sorrindo.

Max Steiner era o garoto mais popular da escola e, bem, assim como Alyssa, também era o mais rico e por isso se achava superior a todos.

Ele se aproximou da gente, sorrindo.

— Alyssa, que bom que veio! Você é sempre bem vinda — falou a abraçando e eu fiquei com cara de tacho.

— Max, você sabe que eu não perco suas festas e, a propósito, está ótima! — afirmou e me olhou. — Trouxe um convidado, se não se importa.

— Olha, é o Nicholas... Seu papai sabe que você está aqui? — perguntou em um tom sarcástico.

— Isso não é da sua conta. — Respondi e ele deu de ombros.

— Fique à vontade — dito isso, ele saiu.

— Eu vou pegar uma bebida, vem comigo! — Alyssa me puxou e nós fomos até uma bancada, lotada de pessoas.

— O que desejam? — a barista perguntou e Alyssa me encarou.

— Eu quero um drink. Vai querer algo, Nick? — perguntou e eu hesitei.

— Eu nunca bebi — falei com receio.

— Para tudo tem uma primeira vez... Coloca uma vodka pra ele! — pediu e a moça foi preparar as bebidas.

— Eu não disse que ia aceitar...

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