A vida de Victoria Sandoval era maravilhosa, morava com o pai e a irmã mais nova, trabalhava como fotógrafa de eventos, como paisagens, ela amava o belo da vida, até que um dia tudo mudou, depois de um atropelamento ela ficou cega, a ultima pessoa...
Estava a pouco de beija-lo, não sabia o que ele fazia comigo, mesmo não o vendo sentia a voz dele, aquela voz me deixava sem respiração, não sabia o que estava acontecendo mas era muito bom, mas antes que possamos juntar nossos lábios, as fogos de artificio nos assustaram, dei um pulo, ele me segurou e riu, o acompanhei, não comentamos sobre o quase beijo, apenas curtimos a noite, ele me levou pra casa, amanha saberia os resultados dos exames, nos despedimos, foi difícil dormir, lembrava da voz dele, dos seus traços em minhas mãos, do cheiro dele, e claro estava ansiosa para amanha. Não sei que horas consegui dormir, acordei, me arrumei e fui toma café, Morena estava me esperando.
- Hoje você vai fazer alguma coisa filha, além de ir pra biblioteca?
Respirei, não gostava de mentir, mas não queria que ninguém soubesse da consulta, queria saber os resultados primeiro. – Não papai, depois vou a praia.
Me despedir deles e sai com a Morena, não era fácil andar na rua, ainda mais cega, mas minha companheira me ajudava muito, e com ela consegui pega um taxi, não demorou pra eu chegar, sai do carro e entrei na clinica, ouvi a voz a secretária dele.
- Bom dia, vou avisar ao doutor que a senhorita chegou.
Agradeci, ouvi ela voltando e a voz dele, sorri.
- Oi Victoria, como esta? – Senti ele pegando na minha mão.
- Bem, e você?
- Muito bem, vamos entrar, estou com os seus exames.
Assenti, toquei a cabeça da Morena e ela sabia que teria que me esperar aonde estava, entrei no escritório dele, ele me ajudou a sentar, ouvi barulhos de papeis, senti ele mais perto.
- Victoria... vou abrir seus exames agora. – Ele tocou em minhas mãos, percebi que ele estava sentado a minha frente, ficou em silencio, eu estava muito ansiosa, quando escuto a sua voz. – Bom, ótimas noticias, você tem uma grande possibilidade de voltar a ver. – Nessa hora meu coração disparou mais e mais, sorri pra ele.
- É verdade, Heriberto eu vou poder enxergar?
- Sim, vamos fazer a cirurgia, mas antes precisamos cuidar de uma infecção que você tem.
Balancei a cabeça. – Infecção, isso e grave?
- Não, fique tranquila, e normal ocorrer, mas pra poder operar precisa ser tratada, quando tiver curada podemos operar, isso varia de um mês, então em dois meses operamos.
Sorri, balançando a cabeça, apertei as mãos dele nas minhas. – Muito obrigada.
- Não precisa agradecer, agora vou fazer uma receita, você vai tomar esse remédio.
Estava em êxtase, só percebi quando ele me levantou da cadeira e me entregou a receita, coloquei na bolsa, toquei o rosto dele como na noite anterior, e sussurrei um obrigado, senti a mão dele em meu rosto e a respiração mais próxima, quando tudo parou, senti seus lábios nos meus, sai do meu mundo, dei liberdade pra ele, e quando dei por mim estávamos nos beijando, nossas bocas se encaixam perfeitamente, era maravilhoso, mas o que eu poderia oferecer a ele, nada, nem sabia se a operação daria certo, nos afastamos.
No creí que este amor Apareciera así Cuando nadie buscaba
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