Capítulo 7

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Sinto os braços dela ao meu redor, me abraçando forte e chorando baixinho, ainda não conseguia retribuir, precisava saber mais coisas.

- Minha menina, eu sinto tanto, tanto de não poder estar com você em todos os momentos.

Fechei os olhos ao sentir o toque de suas mãos em meu rosto, apenas abri quando ouvi a voz de Heriberto.

- Venham, sentem no sofá e conversem, você precisam disso, vou estar no escritório.

Senti os lábios dele em mim e retribui o selinho, ouvi a porta do escritório sendo fechada, agora era a hora da verdade, respirei fundo...

- O meu pai já me contou o que houve, mas preciso saber da senhora, o que aconteceu depois, o que fez quando fomos embora, porque não me procurou?

- Eu procurei, procurei a vida inteira até hoje que foi quando encontrei, quando eu soube que ele tinha ido embora e levado você meu mundo caiu, você era meu tudo, minha filha, minha princesa meu mundo, eu procurei, mas parece que vocês tinham sumido da face da terra. – Espero ela se recompor e continuar. – Eu continuei trabalhando, nunca desisti de procurar, depois de alguns anos eu encontrei o pai do Heriberto, os meninos eram pequenos, nos apaixonamos, contei tudo a ele que me ajudou na busca também, cuidei deles como filhos, suprindo um pouco do vazio que tinha, agora estou aqui, frente a frente com você minha filha, perdão por não ter te encontrado antes, por não ter ficado com você nos momentos bons e ruins.

Ouvia o choro dela, minhas lagrimas rolavam de meus olhos, não podia imaginar o que ela sofreu, o próprio marido, meu pai a deixou por uma outra mulher e o pior levou a filha com ele. Estico minhas mãos e toco o rosto dela, limpo um pouco suas lagrimas, sentindo cada pedacinho dela, da minha mãe, tenho uma mãe, continuei minha descoberta, precisava conhece-la, senti-la, quando sinto suas bochechas molhadas ela pega minha mão beijando, sem aviso me lanço em seus braços a abraçando apertado, como sempre desejei abraçar minha mãe.

- Minha pequena, não sabe o quanto te amo Vick.

Nossos soluços se misturavam, deitei a cabeça em seu ombro, sentindo o carinho dela em meus cabelos, me afasto sem deixar de toca-la.

- Mãe, minha mãe.

- O meu Deus, como esperei por isso.

Nos abraçamos novamente. – Ninguém mais vai separar a gente. – Faço essa promessa.

- Nunca mais, você e eu estaremos sempre juntas minha filha.

Deitei a cabeça no colo dela, enquanto ela mexia nos meus cabelos, em silencio, mas era tudo o que precisávamos, não sei por quanto tempo ficamos assim, quando ouvi a porta abrir e ouvi a voz de Heriberto.

- Quem diria, as duas mulheres da minha vida mãe e filha.

Me levanto e fico sentada, consigo senti-lo perto de mim e estico o braço, de imediato sinto seu toque, como amo esse toque, como amo tudo dele, ele senta ao nosso lado.

- Vocês são meus amores, meus filhos e estão juntos. – Nos rimos.

- Na verdade tenho uma novidade, estava no telefone com o Bruno, ele esta vindo pro pais, chega amanha.

- Olha meus 3 tesouros juntos.

Ficamos conversando, contei sobre o acidente, ela me contou algumas travessuras de Heriberto, não saímos uma do lado da outra, até que ficou tarde.

- Bom meus amores, estou cansada e esta tarde, boa noite amo vocês.

Ela beija minha testa, e acaricia meu rosto sussurrando um '' Eu te amo'', sorrio, escuto ela subir as escadas, sou puxada por Heriberto.

- Você esta feliz.

Toco o rosto dele, com um sorriso enorme no rosto. – Muito, minha mãe esta aqui, comigo, viva. – Viva, meu pai mentiu pra mim, Heriberto percebe a mudança em mim.

- O que houve, o que esta pensando?

- Meu pai, preciso fala com ele, mas agora não posso.

Ele beija minha testa. – Quando você se sentir pronta você vai fala com ele, agora passa a noite aqui e amanha você conhece meu irmão. - Beijo seus lábios, ele me abraça forte e me pega no colo.

Pego Victoria no colo e a levo para o quarto, fecho a porta com pé, e a coloco no chão, olho pra ela que esta com um sorriso lindo, ela é perfeita e minha, porque eu não consigo mais negar que a amo, preciso dizer em voz alta senão vou explodir, toco o rosto dela com calma, vendo ela apreciar meu toque, a beijo com calma, cessando e a puxando contra meu corpo, ela encostou a cabeça em meu peito, minha voz saiu baixa mas sei que ela ouviu.

- Eu te amo.

Ela se afastou sorrindo. – E eu amo você meu amor.

A peguei nos braços beijando todo o rosto dela, que ria. – Você me ama, me ama.

- Sim, sim, amo, amo. – Ela declarava rindo enquanto eu a rodava em meus braços, parei de rodar sem coloca-la no chão.

- Toma um banho comigo?

- Todos que você quiser.

- Espera aqui. – Entro no banheiro e ligo a banheira, preparo um banho bem gostoso pra nós, volto pro quarto e começo a despi-la, ela faz o mesmo comigo, quando estamos nus, ajudo ela a entrar na banheira, ficamos de frente um para o outro, juntos em trocas de caricias e declarações. Quando ela estava quase dormindo em meus braços, saímos, ela colocou uma camisa minha e deitamos, a abracei forte, jamais irei solta-la.

Acordo e Victoria esta enrolada em meus braços, beijo seus cabelos e saio da cama sem acorda-la, me arrumo, quando volto do banheiro ela estava com os olhos abertos se espreguiçando, fui até ela.

- Bom dia meu amor. – Ela sorriu, a beijei.

- Bom dia.

- Meu irmão já deve estar chegando.

- Vou me arrumar.

Espero ela se arruma, a observando, mesmo sendo cega ela tinha uma habilidade única, quando ela acabou saímos juntos do quarto, chegando na ponta da escada de braços dados escuto a voz do meu irmão.

- E me fala, cadê meu irmão, quero vê-lo e conhecer a mulher que arrebatou o coração dele.

Dou risada. – Já estamos aqui.

Desço a escada com Victoria ao meu lado, meu irmão nos observava, paro em frente a ele, espero um abraço mas ele esta branco feito um papel e olhando fixamente pra Victoria.


Continua

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Continua...

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