No domingo pela tarde, eu, o Gabe e a Bia fomos na casa da Sam. Chegando lá, o andar de baixo estava vazio. Segundo o Gui os pais dela estava no quarto desde que chegaram do enterro e a Sam também. Entramos no quarto dela e a encontramos exatamente como o Gui falou.
- Ei...- digo me ajoelhando ao lado da cama.
- Oi...- responde com a voz rouca ainda.
- Você já comeu?
- Não sinto fome...- responde. A cada segundo uma lágrima escorre do seu olho. Havia uma mancha transparente em seu travesseiro.
- Não foi isso o que perguntei.
- Não. Não comi.- ela responde suspirando.
- Bem ali tem em um prato de sopa que parece estar deliciosa.- falo enxugando uma de suas lágrimas.
- Se está tão boa, come você então.- diz desviando o olhar.
- Sempre sagaz...- digo sorrindo.- Eu vou pegar aquele prato, você vai sentar nessa cama e vai comer.
- Não conte com isso.- ela fecha os olhos.
- Ele não gostaria de ver você assim.
- Se ele pudesse me ver, eu não estaria assim.
- Quem disse que ele não pode te ver? Ele pode além disso. Ele pode te orientar, te proteger, mesmo que você não perceba. Ele sempre vai estar vivo aqui ò - coloco a mão sobre seu peito.- No seu coração.
- Ele me falava coisas desse tipo toda vez que eu ficava mal pela minha irmã. Ou pelo menos quando eu demostrava, por que não tem um dia sequer em que eu não fique mal.- as lágrimas ficaram mais fluentes.
- Então... Imagina se você fica doente?
- Não to nem ai.- ela diz simplesmente. Me vejo sem argumentos, então resolvo apelar para os sentimentos.
- E os seus pais. Eles estão muito mal, sabe. Se você ficar doente, não sei o que...- ela me interrompe.
- Ta legal, você me convenceu.- ela se levanta, ficando sentada na cama. O Gui pega o prato de sopa e antrega pra ela. Ele se senta ao seu lado e alisa o seu braço, ela sorrir e começa a comer. Eu me levanto e vou para o lado de Gabe, que por sua vez está em pé encostado na parede.
- O que disse pra ela?- pergunta passando os braços em volta da minha cintura.
- Depois de muitas tentativas, tive que apelar para consciência dela. Disse que se ela ficasse doente seria mais uma preocupação para os pais dela.- respondo encostando a cabeça em seu peito.
- Isso foi pesado...- diz antes de beijar o topo da minha cabeça.
- Eu sei. Mas era o único jeito dela comer. Se continuasse nesse ritmo a coisa ia ficar séria.
- Entendo.
Olho na direção da cama, onde o Gui e a Bia conversavam com a Sam.
Quando eu a conheci, ela transmitia tanta alegria e paz consigo mesma. Eu não tinha ideia da garota sensível e sofrida que ela trancava ai dentro.Depois de sair da casa da Sam, fomos direto para a nossa casa. Eu insisti pra Bia vir conosco e até mesmo pra ela se mudar pra lá. Mas ela não quer. Não posso obriga-la. Quando chegamos em casa passamos o dia conversando, tentando amenizar o clima triste que pairava sobre nós. Tiago com todo o seu charme e suas piadas conseguiu nos fazer rir algumas vezes. A noite fomos dormir cedo por que o nosso vôo sairia às cinco horas da manhã.
Na manhã seguinte saímos bem cedo e chegamos bem na hora. Já dentro do avião eu lembro do medo de altura do Gabe. Quando o avião levanta vôo eu seguro forte a sua mão.
- Você ainda não me contou o por que do seu medo de altura.- falo tentando distrair.
Ele respira fundo e me olha tenso.- A gente foi pro parque uma vez. Eu tinha cinco anos e estávamos na roda gigante. No meio do percurso, eu me empolguei e acabei escorregando da cadeira.- ele respira fundo.- Ela me segurou pela mão, eu fiquei pendurado. O homem responsável pelo controle do brinquedo percebeu e acelerou a roda gigante. Ela só me soltou depois que os meus pés tocaram no chão. Eu achei que fosse morrer. Estávamos no ponto mais alto da roda gigante. Mas ela não me soltou. Mesmo assim ficou se culpando durante muito tempo.- ele termina encostando a cabeça no apoio do assento.
- Meu amor...- a essa altura eu já estava com lágrimas nos olhos. Sem saber o que dizer eu apenas o abraço. Um abraço meio desajeitado, mas o mais carinhoso que eu consegui.- A sua mãe era uma mulher maravilhosa.
- Ela era mesmo. E ficaria muito feliz se visse a mulher linda, inteligente e honesta com quem estou.- fala alisando meu rosto.
- Eu ficaria muito feliz em conhecer essa mulher guerreira. Que deu a luz ao amor da minha vida.- falo sorrindo.
- Obrigada, Lislei. Por me deixar entrar na sua vida. Por me fazer o homem mais feliz do mundo.
- Obrigada, Gabriel. Por não desistir de mim. Por enxergar em mim uma pessoa que eu nem sabia que era. Obrigada por me fazer sentir a mulher mais amada do mundo. Eu te amo.
- Eu também te amo.
- Pra sempre?- pergunto estendendo o dedo mindinho..
- Para todo o sempre.- responde entrelaçando seu dedo no meu.
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Além Do Meu Mundo 2 {Concluída}
أدب المراهقين" Notícia urgente! Uma misteriosa onda de assassinatos vem acontecendo na cidade de Los Angeles CA. O mais estranho é que todas as vítimas são estudantes da faculdade UCLA( Universidade da Califórnia em Los Angeles). Os principais suspeitos são os i...