Velha nau

43 3 1
                                    

Sua vida era uma nau sem rumo.
Rangendo com o balançar das ondas.
Sem qualquer ar de sobriedade.
Sem qualquer prumo.
Como que girando em torno de uma ilhota qualquer.
Com pontos cintilantes no olhar a quase tarde.
O pé metido em bota, o outro sentindo o velho carvalho.
Mãos sujas girando a leme.
Deitou-se no assoalho,
Mergulhou no mar revoltado, da sua alma intensa.
Afundou com medo e coragem.
Sentindo o ar de um doce selvagem.

TaciturnaOnde histórias criam vida. Descubra agora