Perdida

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Sou uma menina
Com alma de poeta
Da pele ferida
Com traços de pássaro preso.
Que queria se fazer esquecida
Pelos restos
Pelos desafetos da vida.

Ser liberta daquele monstro
Preso dentro dela.
Que insistia em fazer-se ela.
Que se alimentava de erros,
De desesperos e medos.

A cada nova linha
Era um pedaço a menos dele,
Ela pensava,
Mas era menos ela
Que vivia.
Só mais um pedaço
Dela que se perdia.

E desse ciclo decadente
Ele se fortalecia.

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