Palavras aleatórias.

Deu vontade de você.

"Porque mesmo depois de todo esse tempo eu ainda me pergunto: 'Por que não posso seguir em frente, do jeito que você fez tão facilmente?'." - We Don't Talk Anymore, Charlie Puth feat Selena Gomez.

Eu peguei o telefone, umas trezentas vezes. Gravei sei número novamente (apesar de nunca entender porque excluí, sendo que sei até de trás pra frente). Abri aquele aplicativo de mensagens, o mesmo que antigamente era lotado com as nossas conversas, nossos segredos, nossas declarações, nossos sentimentos.

Encarei sua foto, não gostei, mal vejo seu rosto, senti falta da foto antiga, eu podia te ver melhor. Eu sorri, tentando entender porque ainda faço isso, porque me seguro em coisas quebradas e que são impossíveis de consertar, porque não consigo seguir em frente, como você aparentemente fez tão facilmente.

Eu digitei algumas coisas, apaguei tudo, não conseguia apertar o botão de enviar, porque iria significar falar com você, e porra, eu preciso tanto falar com você, acho que entendo a parte da "dependência" que você vivia falando. É um vício né? Eu ainda não me curei desse vício, e o pior é que eu não quero me curar. Às vezes penso que você ainda gosta de mim, daquele jeito, mas sabe que não funcionamos juntas, que a distância é uma merda, ou só tem medo de tentar e por isso precisou me afastar. Só que é só uma ilusão idiota pra não doer tanto.

Voltando a parte onde eu tentava digitar um mensagem a você, até tentei te ligar, sabia? Ouvir sua voz talvez fosse bom. Eu tenho que parar, não é? De fazer isso? De tentar saber de você, saber se está bem, se está viva. Só que não consigo, eu tento, juro que tento, mas é difícil.

Fica mais fácil? Eu espero que sim, também espero que saiba que ainda vive na minha mente, e eu tenho um pouco de esperança, que eu ainda viva na sua.