Palavras aleatórias.

Elas se vão.

Sei que provavelmente ninguém está lendo isso. Acho que isso me alivia um pouco. Mas é estranho, quero dizer, eu escrevo algumas palavras tentando desabafar, tentando tirar aquele peso, aquela dor de mim. Mas, eu ainda vejo aquele texto nas minhas notas, e eu só quero me livrar dele. Então eu venho aqui (meu tumblr anda meio apagado pra mim) e posto. E, é como se um peso tivesse sendo libertado dos meus ombros.
É isso.

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Se alguém dissesse que daqui a três anos, você estaria muito longe, eu levantaria e socaria todos eles. Porque eles estariam todos errados. Porque você disse "para sempre". É, quem diria." - Who Knew, P!nk.

Pensei sobre essa música, enquanto lia sua letra (pela vigésima vez) escutava a voz da cantora que eu amo, pensando se a colocava aqui. Sei lá, sempre penso nessa música. Porque, as pessoas sempre dizem que não irão embora.

Bom, surpresa.

Elas se vão.

Pois é, quem diria, não é mesmo?

Pessoas se vão. Elas sempre se vão. Eu posso contar, nos dedos de uma mão, as pessoas que ficaram por mais de anos. Eu não sei, talvez seja eu. Talvez a culpa seja inteiramente minha.

Talvez aquela amiga de infância simplesmente tenha se esquecido, ou dado graças à Deus por não estar perto de alguém tão estranha quanto eu e se foi.

Talvez aqueles amigos não quiseram mais ser vistos andando com a garota tímida que só sabia jogar garrafa como se fosse bola, e então se afastaram.

Talvez eu não fosse a amiga ideal para aquele amigo que eu considerava o melhor, então ele se foi.

Talvez eu não tive a coragem de chamar aquela amiga quando a vi na rua com outras amigas e ela continuou andando sem me olhar.

Talvez eu não soubesse falar de garotos, maquiagem, e festas. E não fosse para estar naquele grupo de amigas, então, aos poucos, elas se afastaram.

Talvez, eu devesse ter pego o celular e mandando uma mensagem para aquela amiga. Antes dela sair da minha vida.

Talvez eu fosse grudenta demais, carinhosa demais, e essa amiga não sabia lidar, então também saiu.

Talvez eu fosse criança demais. E ela não soube lidar. Então se foi. Foi a primeira vez que chorei por alguém. E eu, eventualmente superei.

Talvez eu tenha sentido demais, deixado as ilusões da minha cabeça me dominarem, talvez eu tenha gostado rápido demais. Um sentimento não correspondido. Ela deve ter se assustado, e se foi. Ok. Eu superei em um momento.

Talvez a distância tenha machucado. Talvez eu dizer que a amava não foi o suficiente. Talvez ela já não era mais apaixonada por mim. Talvez nunca tenha sido. Talvez, ela simplesmente não aguentava mais me ter por perto. E também se foi. Doeu mais. Foi pior. Machucou de uma forma que eu nunca imaginei sentir por alguém que eu nem conhecia pessoalmente. Mas passou, e eu superei.

Talvez, eu não fosse a pessoa ideal. Talvez ela não teve a paciência de esperar. Talvez eu não fosse o que ela precisava naquele momento. E, aos poucos, eu a vi indo embora também.

Não doeu.

Não tanto.

Foi uma anestesia.

Pessoas vão embora.

É inevitável.

Eu só ainda mantinha a esperança que alguém iria me entender, iria querer ficar. Não acho que isso seja real.

Não mais.

Me contento com as ilusões da minha cabeça. Não posso mais me deixar apegar. Não posso mais esperar ansiosamente por aquela mensagem, por aquele bom dia todos os dias. Não posso. Porque, inevitavelmente, tem um fim.

Tudo tem um fim.

Essa é a triste realidade.

É duro ter que acreditar nisso. Logo eu, que sempre me deixei apegar. Sempre me aproximei das pessoas. Quis saber sobre suas vidas. Quis deixar suas vidas mais coloridas. Sempre quis arrancar um sorriso de alguém. Não posso mais com isso. Não posso quando ninguém faz o mesmo por mim. Não posso, quando no fim, as pessoas vão embora.

Só quero que não doa mais quando alguém se for.

Não vai doer. Porque eu não irei sentir.

Porque eu não irei me importar.

Se quiser ficar, será bem vindo, eu ainda tenho amor para dar. Mas se quiser ir embora, vai, mas vá bem rápido. Não se demore ocupando um lugar que você não quer.