No fim daquela mesma tarde, a jovem que havia contratado para nos ajudar com a limpeza da casa, chegou trazendo com ela todos os enfeites que havia lhe incumbido de comprar para mim.
À noite, tínhamos arranjos de flores por toda a casa. Preparamos uma grande mesa na área da piscina, repleta de guloseimas, petiscos e frios. As bebidas estavam em baldes de gelo na cozinha. Teríamos uma maravilhosa vista para os fogos de artifício na hora da virada do ano.
Dona Olária vestia trajes brancos como uma baiana, e isso de certa forma causava estranheza em alguns dos hospedes. Pouco antes das nove horas, liguei para minha família no interior de Minas Gerais, foi bom ouvir a voz de minha mãe e seus conselhos sempre tão carregados de fé.
Enfim, era réveillon, e nossa casa estava completamente decorada e cheia de hospedes amáveis. Finalmente era a vida que sempre sonhei ter, na cidade que sempre sonhei viver. Era o meu primeiro réveillon Carioca.
Horas mais tarde, enquanto todos brindavam e faziam à contagem regressiva, uma tristeza me atingiu e foi impossível me manter em meio a tanta gente alegre. Ainda que me sentisse orgulhosa por tudo que estava realizando em minha vida, existia o certo vazio que tornou-se uma parte irracional em mim.
Samael... Como eu precisava dele.
Quando as luzes dos fogos de artifício clarearam a escuridão do meu quarto, eu me derramei em lagrimas. Encolhida em minha cama, chorei por horas até que o sono me tomou e eu me rendi.
Doce Clarice... Sinta isso, sinta a mim... Se entregue...
Eu estava adormecida, entorpecida... Quando suas palavras chegaram aos meus ouvidos. Remexi-me na cama, meus olhos estavam pesados, não conseguia despertar daquele sono profundo...
Senti suas mãos passearem por minha pele, o toque morno por minhas costas nuas... Onde estava meu vestido de renda branco que havia vestido para o réveillon? Não soube dizer naquele momento, mas tinha absoluta certeza de que estava nua.
Minha temperatura subia a cada milésimo de segundo. Meus lábios tinha um sabor amargo... Tentei abrir meus olhos, lutei para acordar de fato, mas fui impedida por ele...
Apenas relaxe, minha doce Clarice... Mantenha os olhos fechados e relaxe...
De forma desconfortável, ele introduziu seu pênis animalesco em mim... Lentamente ele me abria como já havia feito em outrora. No entanto, eu podia sentir que seu tamanho, era o mesmo de quando o demônio existente nele tomava todos os seus sentidos.
Abra a boca...
Sua voz murmurada e sedutora me guiava. E eu abri minha boca, sentindo o amargo e viscoso liquido descer por minha garganta.
Beba meu sangue... Vai precisar dele...
– Samael... – eu resmunguei, chamei por ele na escuridão de forma semiconsciente.
– Eu disse que não poderia lhe visitar a noite. Lembra-se? Minha doce Clarice. – Sua voz não era apenas um sussurro desta vez.
Foi então que, como nuvens que se dissipam no céu, eu sai daquele estado semiconsciente e tudo estava muito claro em minha mente. Ele estava ali... Como demônio noturno que ele é. Ele estava ali.
Tive enfim, medo. Temi por minha vida, ao mesmo tempo desejando-o.
– Não tenha medo... – seus dedos tocaram meu rosto, acariciando-me, enquanto eu podia sentir seu pênis a continuar a invadir meu corpo.
– Samael... – eu sussurrei de forma chorosa seu nome, enquanto tomava coragem e lentamente abria meus olhos.
Um vulto grande e negro estava ao meu lado, em minhas costas, deitado ao meu lado, me possuindo... Minha boca se abriu imediatamente.
Eu teria gritado se ele não tivesse tomado meus lábios em um beijo ardente, sufocante e inacreditavelmente excitante.
Eu chorei. Era o medo, a dor em minha carne, a saudade.
– Não irei te machucar... Não farei nada que você não queira tanto quanto eu quero... E acredite Clarice, sei exatamente o que você deseja... Por meses eu lhe observo...
– Porque nunca voltou... Samael. – Disse, em seguida solucei, gemi, seu pênis me arrombava lentamente.
– Porque eu nunca serei o que você precisa e nunca poderei ter você sem que corra riscos de te matar... Clarice...
Um calor sobrenatural começava a atingir meu corpo, incendiar-me. Era o sangue dele tomando todo meu organismo, me fortalecendo, me fazendo suporta-lo. E ele sabia que era o momento de avançar ainda mais... E assim ele o fez.
Eu gemi, agarrei-me ao travesseiro. Seus dedos apertaram meus seios e ele também gemeu em meu ouvido.
– Ah Clarice... Como pode um demônio como eu querer tanto uma humana... Como eu te desejo...
– Senti tanta saudade... – eu disse, mas ele já sabia disto. – Não me importo e morrer em seus braços, desde que você não pare...
Tomado por algo, o demônio se rendeu a mim. Em uma velocidade sobre humana, ele puxou-me para sobre ele... E então eu pude vê-lo. A pele tão clara sobre a luz da lua que adentrava meu quarto, os dentes sobressaltados em seus lábios perfeitos... Assustadores olhos azeviche, que em seu rosto de anjo, tornavam-se únicos.
– Me sinta... Tome o controle... – ele disse, me incentivando a cavalgar sobre aquele corpo sobrenatural.
Samael estava em uma forma física impressionante. Seus músculos eram rígidos, enormes. Sua pele queimava, ardia. Estavamos incendiando juntos. Demônio e humana em um momento proibido a qualquer mundo que exista. Estavamos desafiando todas as leis. As leis divinas, as leis do inferno...
Enquanto eu me apoiava em seu peitoral e forçava aquela força demoníaca a entrar mais em mais em mim, Samael castigava meus seios...
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Possuída Por um Incubus (VOLUME 2)
Roman d'amourClarice abriu enfim seu Hostel em Santa Teresa, e mesmo que esteja orgulhosa de si mesma por todas as suas realizações, um vazio toma conta dela desde a ultima vez em que esteve nos braços de um demônio sexual.