Sweet Child O' Mine

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Roman tinha finalmente levado Alanis para sair, era o dia denominado como Valentine's Day e sua acompanhante era conhecida como uma anti-dia-dos-fucking-namorados.

Antes de entrarem no carro ela se manteve longe dele, enquanto ele queria segurar a sua mão. Já dentro do veículo foi mais um desastre, Alanis se manteve colada na janela como se as luzes da cidade fossem mais interessantes que o homem que estava ao seu lado.

Então Roman pensou que ele pedira por isso, insistiu para que saíssem para jantar aquele dia como se fosse qualquer outro, onde foram investidos dias tentando convencer as amigas dela para que não fizessem a tal festa de hate contra a data. Ele não entendia porque tanto ódio no coração, mas elas acabaram se rendendo e fizeram-no prometer que aquele jantar valeria muito a pena, juntamente com várias ameaças, aliás, estavam prestes a perder mais uma soldada.

Mas Alanis se deu por vencida, ele não fazia ideia do que se passava na cabeça dela enquanto ela permanecia com o rosto virado para janela e decidiu por fim continuar com o andamento do seu plano.

Já tinha ouvido falar que as mulheres gostam de um homem que luta por elas.

─ Alanis? ─ ele chamou a atenção dela e quando ela grudou os olhos azuis nele, continuou. ─ Se lembra de quando a gente se conheceu?

─ Eu estava bêbada, Roman, não me lembro ─ Alanis respondeu um pouco grossa e fechou os olhos por um instante, não sabia exatamente por que estava daquele jeito. ─ Na verdade, são flashes ─ ela amaciou a voz tentando reparar o erro. ─ Eu estava vomitando quando um estranho segurou o meu cabelo e disse que ia ficar tudo bem, mas eu realmente achei que ia morrer aquele dia.

Roman deu uma risada, lembrava de ter saído para atender a ligação da ex com uma garrafa de água na mão e foi uma coincidência enorme encontrar alguém que precisava exatamente daquela garrafa.

─ Bem, você abriu o maior sorriso do mundo pra mim depois disso, então eu tive certeza que ia sobreviver ─ Roman disse, ainda com vestígios de um sorriso nos próprios lábios, lembrava do momento seguinte em que ela o abraçou e pediu para que ele não a abandonasse.

Ah, se ela soubesse que desde aquele dia Roman não tinha pretensão alguma de abandoná-la...

─ Muito obrigada... ─ ela agradeceu, sendo honesta até consigo mesma. ─ Por cuidar de mim e me levar pra casa sã e salva.

─ O herói da noite, hein? ─ ele brincou, o boné virado pra trás fazendo parte do look da noite, o blazer escuro sobrepondo uma camisa branca era só um detalhe.

Alanis costumava gostar de como ele ficava com o boné para trás, mas aquilo realmente não combinava com o blazer, só não tinha falado nada sobre aquilo ainda porque não sabia para onde estavam indo.

─ E depois disso ficamos um bom tempo sem se ver ─ ela olhou para a estrada à sua frente, o trânsito fluindo de forma lenta.

─ Então nós temos outra coincidência ─ Roman anunciou e esperou que ela falasse.

─ De todos os cafés do mundo você entrou logo no meu ─Alanis sorriu se lembrando do ocorrido há três anos atrás.

Ela havia herdado a cafeteria do pai e na época estava surtando com o planejamento da reforma que iria fazer, a empreitada estava se tornando algo mais. O irmão entrou com o investimento para que a caçula finalmente tivesse a confeitaria dos sonhos, e como o café era famoso na cidade e Roman estava ali há pouco mais de dois anos era obrigação dele tomar algo quente e se familiarizar com o local pelo menos uma vez antes que fechasse para reforma.

─ Foi uma surpresa te encontrar no caixa ─ ele admitiu.

─ Foi uma surpresa você me dar o seu número para "caso eu precise ser salva novamente" ─ ela fez aspas com os dedos, olhando para ele como se não acreditasse naquilo até hoje.

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