heartache ⁘ jb

∴ we own the night

Para uma mente totalmente atordoada e desconexa, fiz a coisa que mais me pareceu adequada no momento: Eu saí apressada. Eu dei passos rápidos até a saída, ignorando o barulho que os meus saltos faziam ao tocar o salão com força ou se tinham pessoas me olhando.

Em poucos segundos, eu já estava do lado de fora respirando ofegante. Apoiei-me na parede, passando as mãos pelo meu rosto.

Droga.

Eu não devia ter corrido, eu não devia nem se quer ter aberto aquela porta.

Droga de estomago, nem pra me ajudar!

Não era pra ter acontecido isso, não era pra eu ter falhado e principalmente, não era pra eu ter meu primeiro contato visual com Justin daquele jeito, tudo que eu tenho de fazer agora é rezar pra que ele não tenha guardado meu rosto em sua memória, porque de todas as coisas no mundo, a última que eu gostaria era que quando eu o encontrasse novamente, ele olhasse pra mim e falasse "Ah, você não é aquela garota que atrapalhou minha transa naquela noite?"

Maravilha. Eu iria adorar saber que sou uma empata-foda. 

- Chelsea! – ouvi um zumbido em meu ouvido soar mais alto, fazendo com que eu me assustasse mais do que já me encontrava – O que aconteceu? Chelsea, responda!

- Não me mate, por favor.

- Porque eu faria isso? – sua voz mudou de tom, fazendo-a parecer brava sem mesmo saber da gafe que eu havia sofrido.

- Porque eu falhei.

xx

- Não acredito que você me chamou a essa hora da manhã, Stacey! – resmunguei assim que entrei em sua casa, ou melhor, mansão. De verdade, aquela "casa" dava três vezes o meu quarteirão, não sei como Stacey consegue viver nela sem se perder ou sem se sentir sozinha. – Tive que enrolar meu pai pra poder sair e você sabe que eu odeio mentir pra ele. Além do mais, hoje era meu dia de folga! Eu deveria dormir até tarde, é lei.

- Não te obriguei a nada, querida. É o seu dever e você tem que cumpri-lo – ela sorriu sarcástica, passando a mão pelos cabelos enormes e ondulados, os jogando pra trás.

Rolei os olhos, sentando-me ao seu lado, esperando que ela continuasse logo.

- Adivinhe quem foi procurar saber com a dona da festa quem era a moça que interrompeu sua noite – ela falou e logo em seguida sorriu misteriosamente.

- Não me diga! – ri da situação em que me encontrava – Ele está atrás de mim?

- Sim, meu bem – ela se levantou dando alguns passos até uma caixa de sapatos onde a mesma deveria custar mais que minha vida – Tome, é sua recompensa. Mesmo que você tenha falhado, ele já sabe da sua existência e aposto que está louco pra te conhecer.

- Sapatos? Uau! – falei sarcasticamente, fazendo menção de abrir, mas Stacey pressionou meu pulso fazendo com que eu parasse.

- Não abra agora – ela ordenou – Só quando estiver em casa e de preferência, sozinha.

- Tudo bem – coloquei a caixa ao meu lado, voltando meu olhar a Stacey – Como você sabe que ele está me procurando?

- Eu tenho minhas fontes – ela disse misteriosa, Stacey tinha isso de querer soar misteriosa e bem, ela conseguia – A questão é: é quase certeza que ele vai pra uma boate amanhã, quando voltar pra cá novamente e você vai.

- Boate? – arqueei as sobrancelhas – Não é o meu lugar preferido...

- Não é o lugar preferido da Chelsea, porém, da Chelsey, sim.