Fame

I Used Your Blues, I'm Sorry

I left your house when you were sleeping
Hadn't correctly had my head screwed on
Tried to find a way to write a note
Couldn't get your shower to work

I sort of wish that it was raining
So that I could pull the hood up on my coat
I'm always happy to be leaving
Could be the company I'm keeping

Like when you're looking for your shades
Rifling through your pockets
And you find them on your face

Ooh I can't escape it, abnormal behavior
Uncontrollably vaporing on bout something dumb
Sooner or later
This strange little arrangement
And all of its exchanges
Must cease

Shouldn't have come back
Shouldn't have switched it on at all
Didn't mean to hold you so close
But you know how it goes

I sort of wish that it was sunset
I kind of wish that it was new year's day
On a vacant street
I'd cast a long ass shadow

Like when you're looking for your shades
Rifling through your pockets
And you find them on your face
Walking around in a daze
I don't want to stop it
Baby let's shoot straight

Ooh I can't escape it
Abnormal behavior, uncontrollably vaporing on bout some
Thing dumb
Sooner or later
This strange little arrangement
And all of its exchanges
Must cease

Not easy to see where to go
The misty middle twists and swallows
The curves of the only road I know
And maybe takes us out of here
Oooohh
Awoooooh

- Bom que ver que você usou a minha situação, duas noites atrás, para compor.
- Bem, ideias começaram a se repetir sem parar na minha cabeça e eu terminei compondo isso. Claro que várias partes não condizem com a realidade mas eu realmente não consegui fazer o seu chuveiro funcionar.
- Não, tudo bem. Eu não estou recriminando. São de situações assim que saem as melhores músicas.

Anna havia voltado à casa de Alex, dois dias depois para ver como ele realmente estava. Antes disso, só haviam se falado por telefone.

- E aí, como você está?
- Com uma dor de cabeça terrível, peço perdão por ter bebido mais, inclusive. E essa dor no peito.
- Você quer que eu te leve ao hospital?
- Não é algo que os médicos possam curar, Anna. Só a Alexa.

Alex se desencostou do sofá e apoiou os cotovelos nos joelhos, enterrando o rosto nas mãos.

- Eu pensei que à essa altura, tudo estaria resolvido. Que se eu amasse a Arielle—e eu a amei, muito—eu poderia seguir em frente e esquecer a Alexa mas ela continuava voltando e voltando. Fosse num sonho, fosse numa inspiração para uma música, fosse numa paisagem que eu via. Uma pessoa parecida na rua. Eu preciso a deixar ir, Anna. Isso está acabando comigo.
- O mais difícil é que vocês precisam estar em quase todos os mesmos eventos. Mas, Alex... talvez seja hora de seguir em frente mais uma vez. Há tantas mulheres lindas e divertidas lá fora. Eu sei que nenhuma delas é a Alexa, mas é como você disse. Você tem que deixar a Alexa ir.
- Nós nos beijamos, aquela noite.
- Hã?
- Na hora que saímos para fumar. Eu não sei o que deu em mim mas eu não consegui me conter. Eu disse à ela que nunca a tinha deixado de amar e que até hoje, a maioria das minhas composições são para ela. Ela disse que não acompanhava meu trabalho há anos e então eu cantei um pedaço de Fireside, pare ela. A desafiei a adivinhar para quem aquela música foi escrita. Ela apagou o cigarro para voltar para dentro do salão e eu perguntei à ela se um beijo seria algo demais a ser pedido. Ela simplesmente me beijou e ao se afastar, disse que sentia muito por não termos dado certo. E aí foi quando ela foi embora e eu fui para o bar.
- Eu imaginei que tinha algo a ver com a Alexa mas eu jamais imaginaria que isso aconteceu. Você acha que...
- Que vamos voltar? Não. Isso jamais vai acontecer. - Alex disse numa voz cansada. - Talvez... Talvez você esteja certa. Talvez eu deva começar de novo. Mas não agora. Não por algum tempo. Eu preciso focar no trabalho.
- Concordo. Tome seu tempo, Alex. As coisas vão ficar bem. Você me ensinou isso. - Anna disse, pondo o braço ao redor do ombro de Alex, o abraçando de lado.
- Vão sim. Obrigado, Anna. Fico te devendo mais uma.