Capítulo 14 - Fools/Tolos

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Chegar em casa depois de tudo o que presenciei nunca foi tão bom, claro que já passei por isso antes com Felipe, mas isso foi a muito tempo e agora o próprio Felipe está mais mudado que o normal. Como Louis foi capaz de fazer isso? Coitada da Emma, foi metida nessa história sem ao menos saber o que e o porq o filho estava mentindo daquele jeito, mas agora também só preciso tomar banho e dormir. Subo as escadas e vou direto para o meu quarto, no mesmo jogo minha mochila no chão e vou em direção ao banheiro. Suspiro ao me olhar em frente ao espelho e ver que meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, mas uma parte de mim não se sentia tão dolorida assim, volto para meu quarto e tiro minha roupa ficando apenas de calça. Pego meu celular e mando uma mensagem para a Mari

"Estou bem e em casa. Amanhã conversamos. Bjs em vc e no Henry"

Mando a mensagem para ela e coloco meu celular no mudo, então vou para o banheiro e entro em baixo da ducha gelada, apoio meus braços na parede e fico pensando não só na traição do Louis, mas também sobre meu pai estar me procurando depois de tanto tempo e eu pensar que ele nem existia. De ducha tomada vou até minha cama e me deito, enquanto ligo a TV e deixo ela ligada para preencher o silêncio que estava em casa. Olhava a hora em meu celular e não passava nem das 22h30 ainda e eu estava sem fome nenhuma, olho para meu celular mais uma vez e vejo uma mensagem do Felipe.

"Você está bem? Você comeu? Quer q eu vá ai?"
"Carlos por favor me responda!"
"Carlinhos você está me deixando preocupado"
"Carlos estou indo para sua casa"

Leio as mensagens e vejo que a ultima mensagem dele foi a pouco tempo, me levanto correndo da cama e vejo um carro estacionar em frente a minha casa. Merda ele veio mesmo, mas acho fofo que ele esteja preocupado comigo, mas ele também vai me fazer comer e eu não estou com fome. Visto uma bermuda e uma camiseta e desço para atender a porta, quando abro vejo Felipe segurando uma caixa com outra caixa menor em cima, óbvio que ele traria algo para eu comer, mas pelo cheiro parece estar bom.

-Você não me respondeu e nem me atendeu, tive que vir se você estava bem. Conheço você e sei que perder a fome quando fica assim. Posso entrar?

-Okay. Entre por favor.

Suspiro e observo ele entrar enquanto eu fecho a porta e me viro pra ele que continua a me observar sem parar, vou com ele até a sala e ofereço o sofá pra ele se sentar enquanto vou até a cozinha e pego dois copos e Coca Cola que tinha na geladeira.

-Não precisava vir aqui, estou bem.

-Carlos, eu sei q você está meio abalado e que isso talvez seja culpa minha pelo que te fiz no passado, mas eu mudei muito e ainda sim conheço você mais do que ninguém. Claro você pode não estar do mesmo jeito que ficou ao saber de mim, mas você está triste de alguma forma e também pela história do seu pai estar procurando você.

Ouço ele atentamente e então entrego o jogo todo e me sento ao lado dele, suspiro e seguro firme sua mão na minha, olho pra ele e depois olho para as caixas que ele tinha trago junto com ele.

-Okay senhor faminto, vamos comer. Trouxe coxinhas e pizza de frango com catupiry.

-Nossa isso é por eu não ter comido o dia todo?

-Você não comeu nada desde o café da manhã?

-Desculpa.

Vejo ele passar as mãos nos cabelos e então me olhar atentamente, enquanto eu continuava em silêncio. Como ele consegue me fazer me sentir feito criança e culpado só por não ter comido nada? Ele não pode fazer isso comigo. Pego a caixa de coxinhas e começo a comer uma, enquanto ele servia o refrigerante para nós dois.

Um Dia Após O Outro - OFICIAL +18Onde histórias criam vida. Descubra agora