Capítulo 6

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Minha vó "falsa" me falava que as pessoas que moravam na cidade eram muito malvadas com nós, que quando ela vinha para comprar algo, ela não podia confiar em ninguém, pois poderia ser enganada, ela me falava que as pessoas eram horríveis por isso que eu não podia sair da floresta, mas o Aaron não era malvado assim como ela tinha falado ele é bem ao contrario, esta me ajudando em tudo, ele esta comprando tudo pra, eu não sei como o agradecer, e eu não posso nem reclamar que eu não quero que ele já vai mudar de humor, já vai ficar aquele cara mau humorado. Mas não posso reclamar ele está sendo um verdadeiro príncipe.

- Agora faltam só os lingeries - Nós já tínhamos comprado às roupas, os sapatos, as maquiagens e umas joias eu achei meio desnecessário, mas não reclamei.

- O que é lingerie? - Lá na floresta não tinha tanta coisa, era só qualquer roupa e acabou não tinha de ficar escolhendo coisa.

- Roupa intima - Ele podia ser mais especifico, sempre fala essas coisas estranhas - se você não sabe o que é roupas intimas, é calcinha é sutiã.

- Ata - Agora sim ele tinha falado na minha língua, ele ainda me ajuda a caminhar, meu pé estava doendo muito, isso tinha acontecido uma vez só comigo, foi quando eu caí numa toca de coelho, eu estava procurando gravetos para fazer fogo, era o único jeito de um me esquentar nas noites frias, pois minha vó não costumava comprar casacos pro inverno.

A loja de lingerie era a loja mais linda que eu já tinha entrado na minha vida, acho meio estranho o Aaron querer entrar nessa loja, isso é mais coisa de mulher, vai ser estranho entrar numa loja dessas com um homem do lado.

- Alteza - a mulher faz uma reverencia para o Aaron - No que posso ajudar?

- Por favor, eu quero coisa pra essa moça - dessa vez ele não pareceu ficar bravo com a atendente por que da loja de joias eu pensei que ele ia matar a mulher, até eu fiquei com medo, mas ela foi tão legal comigo.

A mulher trouxe um vinte modelos diferentes de calcinha tinha uma que era só um fio, quem usa isso. Claro que teve briga, ele queria que eu ficasse com aquela que tinha um fio, mas eu nunca vou usar aquilo na minha vida, aqui nessa loja também tem aquele negocio... O... Vestiário eu não queria experimentar, mas o meu lindo amigo que eu estou odiando agora me obrigou.

- Ficou bom esse - comentei, mas ninguém respondeu.

Saímos da loja de lingerie, eu estava faminta, mas como não é eu que tenho dinheiro não vou pedir, seria falta de respeito e eu consigo aguentar a fome já fiquei dois dias sem comer, minha vó me deixo de castigo.

- Vou pegar um hambúrguer para eu comer quer um também -ele aponta para um mini lanchonete que tinha de um lado do shopengui (Acho que é assim o nome desse lugar).

- Se eu não for incomodar eu quero sim

- Vai com ele até o carro que logo, logo eu vou - não sei por que ele quis que eu fosse com aquele cara até o carro mais não vou desobedece-lo.

Agora são umas 18h eu ainda não tinha descansado meu pé está doendo ainda, já faz uns vinte minutos que eu estou esperando ele, não pensei que um hambúrguer demora tanto pra ser feito, encosto minha cabeça no vidro do carro...

-Sentiu minha falta? - "que" quem contou pra ela que eu estou aqui como ela me achou? "socorro"

- Vó? Eu já ia voltar pra casa juro - não posso acreditar que ela me achou eu nem deixei pistas pela floresta, ela é amiga do Aaron?

- Vamos indo mocinha, você tem que limpar toda a casa e seu castigo vai ser três dias sem comer - "Três dias sem comer" não, não.

- Não vó, por favor, eu te amo muito, não faz isso comigo - Se eu ficar três dias vou morrer e ela não vai ser louca de me matar ela precisa de mim para limpar a casa e pegar comida na floresta ela precisa de mim para tudo, pois ela é muito preguiçosa.

- Ca** Bo**, não esta vendo que você esta me irritando, e vem duma vez - ele me puxa pelas ruas da cidade, pessoas me olham ninguém me ajuda. "Socorro"

- Ahhh, SOCORRO! - "Que"

- Clara, o que foi? - Ah esse voz, abro meu olhos desesperada, isso não passo de um sonho, ele já esta do meu lado, todo lambuzado de molho.

- Nada só um sonho ruim - Eu não podia contar os detalhes do sonho, o Aaron não pode saber o que ela fazia comigo, ele me entregou um hambúrguer que tinha em uma de suas mãos.

- Mas está tudo bem? - afirmo somente com a cabeça o carro esta andando pela rua daquela pequena cidade - Não vai comer - Eu acho que ele percebeu que eu nem olhei para hambúrguer, aquele sonho tinha tirado tudo a minha fome.

-Não perdi a fome, pode comer - o resto do caminho eu não falei nada, e acho que ele entendeu que eu queria ficar em silencio por alguns minutos.

Sem IdentidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora