Sem Identidade

Capítulo 2

Ainda não entendi por que eles me ajudaram, eu era totalmente estranha e minha vó falsa disse que nunca devemos confiar em estranhos. Todos os olhares que me olham são de medo é preocupação, foi uma das coisas que ela me ensinou foi saber o que as pessoas sentem "Medo, Raiva, Felicidade, Amor, Amizade, preocupação, dor..."

- Ela ainda está desacordada? Ela está se fingindo só pode - acho que tem alguém aqui que não tem nada de gentileza, eu não sei agir na frente das pessoas, nunca vi outra pessoa sem ser minha vó falsa.

- Não ela está fraca e não consegue ficar muito tempo acordada, ela precisa descansar!

♪♪♪♪♪

Minha vó "falsa", poderia ser mentirosa mas ela me amava me tratava como uma princesa, quando ia para a cidade trazia muitos vestidos e flores, uma vez ela me deu até um cachorrinho o Teco mas ele sumiu depois de uma semana la, ela arrumava meu cabelo com flores, meus aniversários era todos iguais, saímos para passear na floresta para achar um lugar para fazer um piquenique.

Tenho muitas dúvidas sobre minha identidade, meu nome, minha idade verdadeira, e quem foi minha mãe que agora infelizmente está morta, devido eu nunca ter visto ela não sinto sua falta só queria ver uma imagem dela, uma vez só...

As únicas coisas que eu sei fazer é limpar a casa, cantar músicas fofinhas e ser carinhosa pra mim não existe dias ruins, todos os dias são dias para eu ser feliz.

FELIZ QUINTA-FEIRA!!!
(Pelos meus cálculos hoje é quinta ou sexta?)

♪♪♪♪♪

Estou acordada de novo e dessa vez não tem ninguém no quarto, meu corpo não está mais tão fraco, arranquei os aparelhos que estavam ligados a mim, abri a porta do quarto e comecei a andar nos corredores a procura de uma saída.

- Moça você... - vendo um homem vir em minha direção começo a caminhar mais rápido e não deixo ele terminar de falar.

- Não, eu vim ver minha titia- tive medo de pessoas me conhecerem, achei a saída daquilo era uma cidade muito movimentada, não sei pra onde ir e aquele homem ainda está vindo atrás de mim, penso em correr mas ele vai desconfiar de algo.

- Eii.... Perai... - ele estava com falta de ar pois estar caminhando rápido atrás de mim, ele não entendeu eu quero ficar sozinha, achar um lugar pra mim morar e deu.

Continuo andando, sem responder nada não queria que ele me colocasse lá de novo, ali era um lugar muito triste sem cor, conseguia ser mais triste que morar com minha vó, não esqueça que ela é falsa. Era o mesmo homem que estava no quarto comigo, agora eu vou voltar para lá dentro, uma lágrima cai do meu olho mas eu logo limpo, não queria que ele olhasse essa sena.

-Para por...favor, vou...morrer de...cansaço-seu tom de voz era diferente, falhava algumas palavras, parei quando ele terminou de falar, não adiantava mais eu fugir ia só piorar, o local onde eu parei, dava em frente a uma... Espera... A tem comida isso que importa.

- Você está bem? - eu poderia ter medo o que for, mas eu sou uma pessoa que se importa com as pessoas não consigo ser malvada - Me desculpa por não ter parado, eu estava com... - Seu olhar me observou de cima a baixo, com que me fez parar de falar e desviar meu olhar para aquele local que estava gente de pessoas comendo.

-Err... Tudo bem, eu só estou cansado - acho que ele percebe o meu estado com medo, fome, calor nossa na cidade faz muito calor isso eu não posso negar - Quer comer algo? - desvio meu olhar das pessoas comendo para ele, bem que eu queria comer algo, mas falta o mais importante o dinheiro, não sou uma pessoa rica, a única coisa que eu tenho é carinho e a roupa de corpo.

- Não... Eu não tenho como comprar - nunca pensei que ia passar fome, muito menos em fugir, lembro de uma vez que prometi a ela que nunca ia sair dá perto dela, mas tive que quebrar essa promessa, eu odeio falar as coisas e não cumprir, mas não tive muitas escolhas.

- Eu posso pagar pra você tudo bem - ele sorriu, era um sorriso maravilhoso, não sou acustumada a ver sorrisos assim, mas pera eu não posso ficar aceitando dinheiro de estranhos, não posso aceitar a comida paga por outras pessoas isso seria muito egoísmo, ele já havia entrado não poderia dar uma dica louca e fugir nem uma de aproveitadora e comer tudo do bom e do melhor. A mas eu posso comer só um sanduíche, é só um não deve ser custar muito dinheiro.

Comi um sanduíche em silêncio, ele somente tomou um suco de morango e ficou observando eu comer, será que estou suja? Que vergonha.

- Você tem algum lugar para ir ? - eu poderia dizer que não, mas também poderia dizer que sim, não sou de mentir, é triste receber uma mentira então não é legal mentir.

- Não- meu tom de voz saiu mas baixo que eu pensava, meu olhar fica triste por um segundo mas tento desfazer toda aquela tristeza.

- Você pode... - não deixei ele terminar de falar como vou aceitar mais coisas não posso ser egoísta nunca.

- Eu não posso aceitar - ele fez uma carinha triste, parecia uma criança, mas logo sorriu tirando todo o clima tenso? Ou triste ? Ou até silêncioso?

- Serio por favor só uma noite, não aceito não como resposta - Nossa assim ele me deixa sem escolhas.