Da janela do prédio nervoso
Sentado à mesa de muitos papéis,
Com fundo sonoro do ronco apressado dos carros,
O mar ele via de longe.A espuma das ondas na sua dança suave,
Algumas intensas,
Algumas mais doces,
Mas todas em sincera harmonia,
Todas sincronizadas em paz.E ele pensou que,
Findo o dia,
Iria até lá, tiraria os sapatos
E caminharia entre as ondas,
Mergulhando os dedos dos pés num pouco de calma,
Afogando o tédio da vida.Depois voltou a olhar os papéis.
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Poemas Soltos
PoesíaQuando o sentimento enche a cabeça, é preciso transbordar pelos dedos. Esta é uma série de poemas que foram sendo compostos no meio da minha rotina. Uma obra sem prazo para findar-se.