Findo o dia

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Da janela do prédio nervoso
Sentado à mesa de muitos papéis,
Com fundo sonoro do ronco apressado dos carros,
O mar ele via de longe.

A espuma das ondas na sua dança suave,
Algumas intensas,
Algumas mais doces,
Mas todas em sincera harmonia,
Todas sincronizadas em paz.

E ele pensou que,
Findo o dia,
Iria até lá, tiraria os sapatos
E caminharia entre as ondas,
Mergulhando os dedos dos pés num pouco de calma,
Afogando o tédio da vida.

Depois voltou a olhar os papéis.

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