Capítulo 16

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Amanhecia o dia e eu pouco dormi, como podia? Poderia estar sendo egoísta mas não conseguia deixar de pensar o que chorei todos esses anos, o que passei sem ele, imaginei tantas noites como estaria com o filho que tanto queria, que supostamente teria. Decidi parar de pensar naquilo tudo, as gravações estavam me tomando muito tempo e já era hora que eu fosse de volta pra Telemundo.

WhatsApp

[08:40] Raúl

Não esquece o que conversamos ontem. Bom dia Angie, te amo muito

Ela sorriu ao ler mensagem

[08:41] Deveria estar aqui comigo. Te amo, Raulito

***

Começava outro dia corrido gravando e mais outro dia ainda não via Otto, mas nesse era diferente. Ela não queria. Seu celular tocava insistentemente no fim da tarde.

Ernesto:

- Não vai atender?

Angie:

- Melhor não

Ernesto:

- Bom, acho que não vai precisar

Ela virava pra trás enquanto sentava uns minutos, ele a cumprimentava com um beijo

Otto:

- Gravando muito?

Angie:

- Sim...

Otto:

- Ai ai, vamos. Diz o que houve

Angie:

- Como?

Otto:

- Cinco anos longe não foram suficientes pra que deixasse de te conhecer Angélica

Angie:

- De me conhecer não, mas pra me esquecer...

Diretor:

- Angie, meu amor. Em 1 minuto de volta ok?

Angie:

- Como vê, eu também trabalho

Otto:

- Não vou ter essa conversa com você aqui. Te espero no horário que combinamos ontem

Angie:

- Eu não vou mais

Ele se aproximou do ouvido dela e sussurrou:

- Te espero no estacionamento. Não quero ter que busca-la

Ele saiu e ela sentia raiva, sentia um ciúme enorme por lembrar da noite passada, ciúme quando é exagerado cega, mas naquele instante ela pouco queria pensar.

Chegava a noite e ela já se havia decido em encontrar com ele.

Otto:

- Quero que entre, te levo pra casa

Angie:

- Tenho meu carro

Otto:

- Não vou insistir, se assim quer...

Ela saiu e foi com seu próprio carro. Ele por outro lado já imaginava que poderia ser por ciúme, a conhecia muito bem mas a situação lhe cansava.

Sala da casa da Angie

Angie:

- Bebe?

Ela lhe oferecia uma taça de vinho enquanto sentavam na sala

Por toda una vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora