Bad News

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Leiam as notas finais, votem e comentem.
-x-

- Alô?

- Mãe? A senhora está bem?

- Estou sim Harry, mas ainda estou no hospital.

- Mas me disseram que iam pela tarde e já está no começo da noite.

- Estamos esperando os resultados dos exames saírem, mas não vai ser nada que mude muita coisa.

- Tudo bem, me ligue assim que os exames saírem. Eu acabei de encerrar o dia e estou livre.

- Tudo bem.

A mãe de Harry tinha ido ao hospital pra fazer exames e tentar identificar qual era a doença dela e os remédios corretos que teria que tomar, já que até agora eles foram em vários médicos uns dizem que era reversível, pelos sintomas. Outros diziam que era irreversível, também pelos sintomas, até que decidiram ir em um hospital especializado por indicação de uma amiga de Anne. E todos contavam que fosse algo reversível e que não causasse nada muito grave.

Harry estava desesperado. Ele não mostrava durante os treinos porque a vida pessoal dele não dizia respeito aos soldados e além do mais ele se distraia nem que fosse só por alguns minutos, então durante o dia acabava não sendo tão difícil. Ruim mesmo era de noite, quando ele não tinha no que se distrair, e a mente humana, ela é terrível, faz Harry imaginar o pior, mesmo que reze todas as noites pelo melhor. Harry sempre creu em Deus, desde pequeno ele ia pra igrejas e ele colocava toda sua fé ali, até carregava sempre uma cruz em seu pescoço. Ele queria estar em casa, mas a melhor forma de ajudar seria no exército. De início, aquele não era o real motivo pra Harry estar ali, havia outro, mas aquilo foi como uma oportunidade. Os serviços de Harry pagam pelos remédios da mãe que eles nem ao menos sabem se são os certos, mas que de alguma forma, mesmo que seja mínima, podem ajudar. Harry se sentia mal às vezes, no silencio da noite, ele sempre se sentia completamente impotente, como se não pudesse fazer nada pra ajudar mesmo que já estivesse fazendo de tudo. Sua mãe era tudo pra ele, e ele não sabe o que faria caso a perdesse também. E só de imaginar sua vida sem ela ele começava a chorar, nunca teve depressão, mas chegou perto. Ele só queria ver as pessoas que ama felizes e saudáveis, ele daria de tudo pra ter a família toda com ele, todos felizes e sorrindo, como costumava ser quando era criança,mas nada nunca foi fácil pra Harry e ele temia que pudesse piorar.

Harry P.O.V

Desde quando eu era criança, minha mãe fez um papel muito importante na minha vida.

Era ela quem me contava histórias pra dormir, era ela quem colocava um curativo em meus machucados junto com um beijinho pra sarar, era ela quem me consolava, na maioria das vezes, e quando eu precisava de um colo ou um apoio ela que me oferecia, meus pais e minha irmã sempre foram meu lar, mas desde o começo desse ano quando ela foi numa consulta de rotina o médico fez o exame e detectou que algo, possivelmente, grave estava acontecendo.

Fomos em vários médicos até que fomos em um especializado e que diria se é realmente o que suspeitávamos.

Eu estava com meu coração na mão. Esperando que minha mãe ligasse e me dissesse que estava tudo bem e que não passava de um alarme falso, e que o que ela tinha era sim reversível.

O tempo passava e eu não conseguia dormir ou pensar em outra coisa. Tudo me lembrava ela, até mesmo uma maçã mordida em cima da minha mesa. Me lembra uma vez em um bosque que estava eu, ela, Gemma e meu pai. E fizemos um picnic. Só tinha maçã pra comer porque Gemma esqueceu de pegar a cesta de comida.

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