~ Capítulo 17 ~

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   O despertador está tocando sem parar. Levanto-me sonolenta, e entro no banheiro. Faço minha higiene matinal, visto uma calça jeans e uma blusa de mangas compridas, calcei meu tênis de cano alto, soltei os meus cabelos, passei um batom de cor clara. E vou até a cozinha.
   Sento à mesa e tomo meu café da manhã.
   -Está pronta, Kat? -Papai falou, juntando as malas próximas a porta.
   -Sim. -Levantei-me da cadeira. -Vamos, mãe.
   Saí pra fora, cada um pegou a sua mala. Liliana trancou a porta, descemos as escadas. Um táxi estava nos esperando.
  O motorista ajudou papai com as bolsas. Enquanto que mamãe e eu nos acomodamos no carro. Papai sentou ao lado de Liliana.
   Meu pai falou o endereço  do aeroporto ao taxista. Em poucos minutos chegamos ao local.
   Esperamos no saguão do aeroporto, em uma hora e meia partiremos. Leio revistas, bebo café, conto quantas pessoas passam na minha frente...
   Hora do embarque, entramos no avião. Sento ao lado de uma menina ruiva, que aparenta ter uns 14 anos.
    -Oi. -Ela puxou assunto.
    -Oi. -Sorri.
    -Como se chama?
    -Katherine Morgan. E você?
    -Elizabeth Silver.
    -Belo nome. Tem quantos anos?
    -14. -Na mosca! -E você?
    -16.
    -Seus olhos são lindos.
    -Obrigada. Os seus também. -Ela tem olhos cor de âmbar.
    -Gosta de que tipo de livro?
    -Romance e mistério. E você?
    -Romance. -Continuou teclando no celular.
    Conversamos bastante, rimos de coisas engraçadas, dormi muito. E horas depois chegamos a New York, a meu doce lar. Pegamos um táxi, que nos levou a nossa mansão.
   Entrei em casa, tava morrendo de saudades daqui. Corri para o meu quarto, está do mesmo jeito que deixei. A empregada aparece na porta.
   -Oi, Mary. Obrigada por cuidar do meu quarto.
   -Tava com muita saudade de você. -Ela me abraçou.
   -Também.
   Abri as minhas malas e joguei tudo sobre a cama.
   -Como foi no Brasil?
   -Foi muito bom. Impliquei bastante com as patricinhas e mauricinhos do colégio em que estudei.
  -Kat, conheceu algum garoto interessante? -Sentou-se na cama.
  -Sim. -Pensei em Clark.
  -Chegaram a namorar?
  -Não, porque éramos como cão e gato. Mas nos beijamos umas duas vezes.
  -Gosta dele, não é?
  -Pior que sim. O nome de é Clark, eu o chamava de versão feminina do super-homem. -Sorri, lembrando-me do dia em que nos beijamos pela primeira vez.
   -Que maldade.
   -Fui suspensa nos meus primeiros dias de aula, por culpa dele.
   -Kat, você deve ter saído da sala várias vezes, porque eu te conheço.
   -Acertou, mas a maioria das saídas foi por causa do Clark, que sempre implicava comigo.
  -Vou deixá-la descansar. Qualquer coisa que precisar é só me chamar. Depois eu volto pra arrumar as suas coisas.
   -Pode deixar, eu arrumo.
   -Ta. Com licença. -Mary saiu.
   Guardei as roupas, calçados e acessórios em seus devidos lugares. Depois tomei um banho, vesti um vestido de alcinha. Desci até sala, temos visita.
   -Duda? -Aproximei-me dele.
   -Kat! -Ele me abraçou. -Que saudades da minha louquinha.
   -Eu também. Espera, como ficou sabendo que eu estaria aqui?
   -O seu pai é amigo do meu. Esqueceu?
   -Como está? -Sentei-me ao seu lado.
   -Estou ótimo. Vai voltar pra mesma escola?
   -Acho que não. Onde você está estudando?
   -High School.
   -Pai, o senhor já fez a minha matrícula da escola?
   -Sim. Você vai estudar junto com o Carlos Eduardo.
   -Legal.
   -Amanhã você irá para a escola, então vá descansar.
   -Ta. -Abracei o Duda e fui para o meu quarto.
   Deitei-me na cama.
   Será que os meus colegas da Wood sentiram a minha falta? Com quem eu vou implicar agora?
   Foi pensando nisto, que rapidamente dormi.
 

MENSAGEM ANÔNIMA - Por amor, do que você seria capaz?Onde histórias criam vida. Descubra agora