Chegou o dia do campeonato. Vesti um short jeans rasgado e a blusa do time, preto e vermelho, e na frente tem o nome do time. "Guerreiros do Sousa. Calcei meu snikers, soltei o meu cabelo, coloquei um boné.
-Mãe, vamos me deixar na escola.
-Vamos. -Ela fechou a porta e entramos na BMW.
Avisto Juliana ao lado do ônibus que nos levará ao ginásio.
-Tchau, mãe. -Caminhei até a minha amiga.
-Oi, Ju.
-O ônibus já vai sair. Vem.
Sentamos nas últimas cadeiras, juntas aos alunos do 2° ano C.
-Kat, o Keven não para de olhar para você.
-Eu estou feia ou bonita? Seja sincera.
-Está linda.
E ficamos nessa troca de olhares, ele está na cadeira ao lado, perto de Lívia.
-Keven, vira para frente. Desse jeito vai ficar sem o pescoço. -Sorri.
-E sem os olhos também. -Acrescentou Lívia com ciúmes.
-Patricinha, peço que controle o seu namoradinho. -Ela me mostrou a língua.
Não suporto vê-lo com essa garota, tavez porque eu sinta algo por ele. Mas de uma coisa eu sei, me divirto os irritando.
Encostei a cabeça na cadeira, e olhei pela janela. Como será que andam as coisas lá em New York? Estou com saudades da escola, do meu grupo da bagunça e das minhas amigas.
-Descendo, sem pressa. -Fabiana nos orientou.
Fiquei impressionada com a estrutura do Colégio São Bernardo. Juliana e eu resolvemos conhecer um pouco do lugar. Subimos as escadas, andamos por um extenso corredor com várias salas de aulas. Depois fomos para o ginásio, sentamos lá trás. O lugar estava animado, cheio de jovens bonitos, tinha música por todo o espaço.
Começou o jogo, o locutor anunciou os times. Entraram em quadra, cantaram o Hino Nacional, cumprimentaram uns aos outros. O juiz sopra o apito.
Quase no fim do primeiro tempo os Guerreiros fazem um gol, foi o Clark quem marcou o ponto. Mas o time adversário empata.
Fim de primeiro tempo, os jogadores retiram-se. Compro duas garrafinhas de água mineral, uma para mim e outra para Juliana. Passado alguns minutos, o jogo continua. Os Guerreiros entram com tudo, em menos de cinco minutos Murilo faz um gol. A nossa torcida vibra. E Os Tubarões reclamam do gol, mas foi válido, então voltaram a jogar.
Por pouco o jogador adversário marca um ponto. O locutor continua a narrar.
No final do jogo, os Guerreiros marcam mais um ponto.
-E a vitória é nossa! -A torcida do Sousa gritava repetidamente. O juiz sopra o apito. Fim de jogo.***
Dentro do ônibus encontro Keven beijando a namorada, senti uma pontada no peito. Espera, estou com ciúmes?!
Sento-me na cadeira ao lado. Agora que eu vou irritá-los. Tossi. O que os atrapalhou, pararam o beijo e me encararam.
-Essa garota chata de novo? -Lívia falou, me olhando com cara feia.
-Não se preocupe, Lívia. Ficarei quieta. -Quieta uma ova. Fiz barulho com uma buzina que comprei no ginásio.
-Para de fazer barulho. -Lívia já está ficando irritada.
-Ok. Desculpe-me. -Guardei o brinquedo na bolsa.
Eles continuaram a falar palavras doces um ao outro. Que coisa enjoada! Peguei um pacote de pipoca e comecei a abrir a embalagem, que faz muito barulho.
-Para, por favor. -Keven tapou os ouvidos. Os dois saíram e se acomodaram nas cadeiras da frente.
-Você é terrível, Kat. -Juliana e eu aproveitamos o salgadinho.
Estou sentindo falta do Clark, é tão engraçado implicar com ele. Mas o mauricinho foi no outro ônibus. Foi só pensar no pesadelo, que ele apareceu. Pensei que não viria aqui.
-Katherine, sentiu saudades do mauricinho, que eu sei. -Sentou no lugar em que Keven estava sentado antes.
-Versão feminina do super-homem, você joga muito mal. -Coloquei um salgadinho na boca.
-Fiz um gol, se quer saber.
-Eu vi. Cara, aquilo foi sorte. -Na verdade, ele joga muito bem. Mas sabe, eu tenho que implicar com o Clark.
-Acho melhor você ficar calada. -Fez sinal de fique em silêncio para mim. -Falar nisso... -Me olhou. -Está bonita hoje.
-São os seus olhos.
-Está Kat aqui. -Abanou-se.
Joguei o saco de pipoca nele. Fomos o caminho inteiro discutindo. Se é que isso pode ser chamado de discussão.
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MENSAGEM ANÔNIMA - Por amor, do que você seria capaz?
Novela JuvenilPor assuntos da empresa de seu pai, Katherine Morgan e sua família resolvem passar uma temporada no Brasil. A jovem adaptou-se rapidamente ao novo país. Sua mãe decide matriculá-la no Colégio Mestre Sousa, onde a mesma conhecerá novas pessoas, umas...