truth or dare

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O meu corpo treme de uma forma absurda, como estivesse preso ao chão e não me restasse forças para sair dali.

- Yura. Respira fundo e conta-me o que viste. - diz Jun-ho preocupado

- Não percebo...supostamente não era assim o meu sonho.

Observo Jun-ho com os olhos já cansados e abraço-o com muita força. O medo de não ter respostas para as minhas dúvidas era o mais assustador. Choro durante minutos até conseguir acalmar.

- Não sei o que se passou, mas estás segura. Não há razão para teres medo. Vamos para casa.

Caminhámos calmamente até a casa. 

- Então o que aconteceu? - pergunta Jae-hee

- Não chegou a acontecer nada de grave, felizmente. - responde Jun-ho

- Yura, estás bem? Estás a tremer tanto...-(Jae-hee)

- Sim. Isto já passa. 

Espero por Min-ho em casa deles. Adormeço entretanto no sofá.

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(pensamentos de Min-ho)

- Filho, vais onde a estas horas? (pai)

- Só vou buscar Yura! Não te preocupes pai que não demoro muito. 

Fico preocupado com o telefonema de Yura. Porque razão aquela voz não me pareceu normal?Espero que não lhe tenha acontecido nada. Tento esquecer por momentos esses maus pensamentos e tento pensar que está segura em casa da tal amiga.

Encontro a morada que Yura me enviou e vejo as luzes acesas dentro de casa. Toco à campainha e vejo uma rapariga muito familiar que me abre a porta. Tinha um sorriso muito bonito e uma voz delicada soava nos meus ouvidos.

- És o irmão de Yura certo? - pergunta Jun-ho

- Não. E tu és o rapaz da paragem de autocarros, certo? - respondo-lhe com um tom sério. Não sabia porque motivo disse que não...é verdade que não somos irmãos, mas é como fossemos. 

- Sim sou o Jun-ho. Mas eu penso ter ouvido que eram irmãos? - responde Jun-ho com um tom sério e confuso ao mesmo tempo.

- Onde está Yura? 

- Está ali no sofá. - responde a rapariga que me abriu a porta.

Caminho até lá e pego em Yura ao colo. Reparo que o seu rosto está pálido. Sem mais demoras vou em direção à porta.

- Espera. - diz Jun-ho

Esse rapaz vai buscar qualquer coisa à cozinha e vejo que traz o casaco de Yura.

- Obrigado. Boa noite.

Ligo o carro e diminuo o volume da música para Yura não acordar com o barulho.

Estávamos a chegar a casa. Assusto-me com o grito de Yura. Páro o carro e olho para ela. 

- Tiveste mais um pesadelo?

- Min-ho! - diz Yura 

Abraça-me com tanta força que sinto a sua ânsia e desespero.

- Respira fundo. E conta-me é o mesmo sonho?

- Verdade ou consequência. - responde Yura. 

A sua resposta não era o que estava à espera. Será que tinha ouvido bem? 

- Não percebo...tens de ser mais específica!

- Lembras-te daquele jogo que fizemos com uns amigos em Liverpool? Aquela noite em que...

- Chega Yura! Já te disse para que nunca mais tocasses nesse assunto.

- Mas...

- Já falamos.

Diamantes PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora