O Reviver Do Passado

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Chegámos a casa e Min-ho ainda não falara do assunto de à bocado.

- Min-ho.

(silêncio)

Volto a chamá-lo mas reparo que está mais sério do que à bocado.

- Yura! Por favor, não vamos tocar mais nesse assunto. Foi apenas um pesadelo e sabes bem porque te atormenta a ti e a mim...

Choro por meros segundos e tento controlar-me para que o nosso pai não acordasse.

- Preciso de te contar uma coisa...

- O que foi? - responde Min-ho já com um tom mais calmo.

- Antes de me vires buscar, tive uma tontura.

- Mas alguém te magoou?

- Não! Escuta. Devido a isso, vi umas imagens estranhas como se estivesse a viver o meu sonho. Aquele que tenho quase todas as noites.

- Percebo, mas não fiques assim talvez tenha sido do cansaço.

- Mas a rapariga que sempre vi de costas era eu Min-ho!

- Yura, tens de te acalmar. Estás mais sensível nestes dias e tenho a certeza que não andas a dormir bem ultimamente.

- Não. Não percebes? Aquilo não foi da minha imaginação! Porquê que agora o sonho alterou-se? O que aconteceu para que o rosto que sempre esteve desfocado nos meus sonhos aparece de repente e logo eu?

- Anda cá. - responde Min-ho com um abraço.

Não consigo controlar as lágrimas. Ficámos breves minutos agarrados um ao outro. Sempre gostei dos seus abraços, faziam me sentir segura.

- Amanhã é outro dia, está bem? Vai agora para a cama e tenta descansar.

Observo os seus olhos e largo um sorriso de forma de agradecimento.

Min-ho devolve me também um sorriso como resposta. Sinto os seus lábios tocarem-me na testa.
Fico aliviada. É como se todos os meus pensamentos desaparecessem naquele momento.

- Boa noite. - diz Min-ho

- Boa noite.

Os nossos olhos cruzam-se antes de cada um de nós fechar a porta do quarto.

Diamantes PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora