Capítulo 6- Pitter & Jonas

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Já não via mais minha vida sem Jonas  e Math. Eles eram meu porto seguro, minha estabilidade. Eu trabalhava e vivia para eles. Jonas se mudou para minha casa, reformamos, fizemos um lindo quintal para Math brincar livre, nos casamos no civil numa pequena cerimônia que foi simplesmente maravilhosa com todos os nossos parentes presentes. Jonas estava lindo com um terno branco e uma rosa vermelha em sua mão - ele disse que simboliza o nosso amor.

Eu estava esperando ele no altar com um terno azul escuro e uma rosa amarela em minha mão, que na minha visão simboliza a esperança e a virtude da nossa família.

Foi tão maravilhoso ouvir Jonas dizer sim para mim. Fomos à Grécia de lua de mel e levamos Math que já falava papai para Jonas e para mim. Era tão lindo ver meu filho crescendo. Não tivemos mais notícias de Sandra, ela realmente deve ter se arranjado lá pro estrangeiro.

- Ei amor no que tanto você pensa que não vem para a cama ? - perguntou Jonas, que estava enrolado num lençol branco.

Eu estava sentado na varanda do hotel olhando as ruínas da Grécia e aquele maravilhoso céu estrelado.
- Nada, meu amor, só pensando em como a vida é maravilhosa, ou melhor, foi maravilhosa comigo. Me dando você e Math.
- Eu agradeço todos os dias a Deus por ter colocado você em minha vida. Eu sei que nunca te contei muito sobre mim mas acho que já é hora de você saber a verdade. Sobre minha vida.
- Não queria que se sentisse pressionado por mim para contar sobre você, amor. Queria que me contasse por sua vontade.
- Pitt, meu pai é um grande empresário, um dos maiores no ramo da informação digital do país, e minha mãe uma socialite que não sabe nada além de gastar. Aqueles que foram no nosso casamento não são eles, são a governanta e o motorista da minha família. Eles me criaram e me deram toda a educação e simplicidade que eu tenho hoje. Os considero como minha família e eu só te peço para que não se sinta traído ou até mesmo enganado mas eu queria que você conhecesse minha família de verdade, a que eu considero. Quando eu te conheci tinha acabado de sair de casa estava de emprego novo e queria muito ser independente, por isso fugi dos meus pais.
- Nossa, não acredito que você me escondeu isso, senhor Jonas.

Na verdade, eu estava muito feliz por ele finalmente ter me contado sua história e ter confiado em mim mas eu queria fazer um drama.
- Amor não me chama de Jonas, por favor, não faz assim. Eu não sabia como você iria reagir por isso que eu não contei mas já me arrependo. Me desculpe.
- Jonas, não estou nervoso com você nem me sinto magoado

Estou muito feliz porque você me confidenciou essa parte de sua vida e confiou em mim. Isso foi muito importante para mim pois mostra que realmente você está se entregando ao nosso amor.

Jonas começou a chorar compulsivamente e eu fiquei um pouco assustado, caminhei até ele e o abraçei com toda minha força. Era o que eu queria fazer a todo o momento enquanto ele contava sua história para mim. Depois disso, fomos para a cama e fizemos amor pela primeira vez com toques suaves e amorosos cheios de carícias e desejo. Foi uma noite incrível.

Na manhã seguinte, fomos ao parque e visitar as ruínas da antiga Grécia pois logo à noite iríamos para o aeroporto e voltar para casa.  Foi umas das viagens mais incríveis que já fiz na minha vida, ao lado da minha família. Chegamos no Brasil de madrugada ainda.

Math dormia no meu colo quando entramos num táxi para nos levar para casa. Chegamos, colocamos Math em seu quarto e fomos para a cozinha fazer o café.
- Amor, eu vou na padaria, quer alguma coisa ? - perguntei pro Jo da sala enquanto pegava minha carteira.
- Amor, quero que traga um pouco mais de frios. Quero fazer uma lasanha hoje pros seus pais já que eles vêm visitar o Math.
- Ok, fui.

Eu segui pela calçada da casa pois a padaria era na mesma rua, só algumas casas à frente. Comprei pão, leite, achocolatado e os frios. Quando estava chegando no portão, vejo um carro sedan de luxo parado na porta de casa e um homem enorme de terno e gravata parado ao lado. Eu segui rumo à minha casa para ver quem era mas fui impedido quando aquele brutamontes me parou.
- O senhor não pode entrar aí. - disse ele com uma voz grossa.
- Lógico que eu posso. Rssa é minha casa e eu vou entrar. Portanto, saia da minha frente, por favor.
- Desculpe, mas você não vai entrar, já disse.- disse ele segurando meu braço mas eu lhe apliquei um golpe de auto defesa que aprendi na academia, jogando-o no chão e colocando meu joelho em seu pescoço.
- Não toque em mim e não diga se devo ou não entrar na minha casa.- logo acertei-lhe um golpe que o fez desmaiar e segui para dentro de casa.

Da porta, eu ouço toda uma discussão entre Jonas e uma mulher de meia idade, branca, de uma postura finíssima, cabelos presos em um rabo de cavalo alto, vestido e saltos finos e uma bolsa da Prada, eu apenas fiquei ouvindo a discussão.
- O que faz aqui, mãe? Como me achou ?
- Eu vim te tirar dessa espelunca, meu filho, como pode se juntar com um homem desses, e ainda cuidar do filho bastardo que ele tem!?
- Já chega, mãe. Não fale assim do meu marido e do nosso filho. Eu amo mais eles do que já amei você e o papai. Vocês nunca ligaram para mim. Ele só pensava em como seria as outras filiais da empresa e você, Deus, só pensava em fichar e ir a jantares da alta sociedade. Nunca se importou comigo de verdade, nunca me amou.
- Não seja tolo, Jonas Goulart , você não vai ficar com esse homem nem que eu tenha que coloca-lo na cadeia.
- Faça isso, mamãe e eu juro que eu me mato e você sabe que eu não estou brincando e dessa vez não vou dar brechas como da última.
- Não brinque comigo, Jonas, você sabe do que eu sou capaz. Não me faça tomar medidas drásticas.
- Eu não vou com você, mamãe. Desista e já lhe disse você pode até tentar tirar Pitter de mim mas no dia que isso acontecer, eu juro que você não terá mais um filho porque eu estarei morto, entendeu?
- Sim, mas saiba que não receberá nada da sua herança.
-. A única que se importa mais com dinheiro do que com as pessoas aqui é você, mamãe, não eu.

 A única que se importa mais com dinheiro do que com as pessoas aqui é você, mamãe, não eu

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