Capítulo 2 - Pitter & Jonas

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Acordei ainda sentindo o cheiro de Jonas. Forte e amadeirado, uma essência maravilhosa assim como ele.
Eu não queria ficar mais um minuto longe do meu garoto mas ainda não havíamos conversado sobre sexualidade

Eu não queria ser invasivo perguntando, assim, de cara. Sou um homem maduro e sei que não são  necessárias muitas ações ou palavras para destruir coisas boas que acontecem com uma certa dificuldade.

Levantei-me, fiz toda minha higiene e segui para a Mecânica, tomei café na padaria mesmo. Liguei o rádio da mecânica e tocava Stitches de Shawn Mendes -  Amo essa música - enquanto eu trabalhava num motor de um Honda Civic, eu cantarolava a música dessa criança.
- Não sabia desse talento seu!

Aquela voz, meu Deus! Era Jonas. Não creio que ele me ouviu! Eu não sabia o que fazer por isso forcei um sorriso .
- Oi, Jonas! ... Não te esperava aqui! Seu carro deu problema novamente ?
- Há! Não, só queria ver você. - ele abaixou a cabeça assim que terminou a frase.

Senti que ele estava envergonhado por ter dito aquilo pois seu rosto estava bem vermelho.
- Ei!? Olha pra mim - pedi a ele já tocando em seu queixo e levantado seu olhar - Não precisa ficar com vergonha! Eu também estava com saudades.
- Eu....eu. Desculpe, é difícil isso para mim, eu nunca... Eu nunca me senti assim por um homem.- ele disse aquilo depois de muito gaguejar

Fora muito bom ouvir que estávamos nos descobrindo juntos.
- Sim, é confuso. Me sinto como você. Me sinto estranho, você tem idade para ser meu filho !
- Mas não sou e nem quero ser. Eu quero ter algo contigo que não se pode ter com um filho. - vociferou ele, assim, na lata.
- Deus!! Eu também quero ser mais que um pai pra você, eu quero ser seu homem. Vai lá em casa hoje? Eu faço o jantar e você leva o vinho aí poderíamos conversar mais sobre isso!
- Claro, Espero o endereço. Eu tenho que ir, Tchau! - disse ele virando as costas para mim.

Antes que ele saísse, eu o peguei pelo braço e quando ele virou, roubei um beijo quente e forte. Sim, era assim que era seu beijo. Sua língua me invadia e me fazia delirar. Eu o queria naquele exato momento, eu queria foder ele ali na mecânica, em cima do capô do carro. Porém, me contive pois não seria adequado. Soltei-o suspirando e olhando em seus olhos.
- Te espero mais tarde, menino Jonas.
- Sim. - Ele respondeu
Ele saiu, me deixando trabalhar o resto da tarde pensando em seu beijo. Ele me deixava muito excitado, era algo sobrenatural. Eu cheguei da oficina por volta das 19:00. Eu tinha passado no mercado para comprar algumas coisas para preparar o jantar:  fiz lagarto ao molho de cebola com uma salada Tabule e arroz. Fui tomar meu banho, queria estar cheiroso para Jonas. Coloquei uma box verso escuro bem apertada, uma bermuda cinza bem justa que marcava meu volume e uma regata branca longa.

Assim que passei o perfume, a campainha tocou. Eu mais que depressa corri para atender a porta e lá vi uma das visões mais lindas que já tive: Jonas estava de calça jeans de lavagem toda rasgada, uma camisa preta com asas de anjo douradas como estampa e All Star. Ele estava maravilhoso -meu Deus que homem! - e cheiroso como sempre. Puxei-o para dentro e o beijei jogando-o contra a parede, deslizando minhas mãos safadas até sua cintura e quando eu ia chegar até sua bunda, ele me empurra:
-Ei, calma tá? Boa noite para você também! - disse ele ofegante e sorridente.

Ele caminhou até a porta e a abriu. Eu já comecei a pensar que ele iria embora depois do meu beijo, mas não. Ele foi até a mureta e pegou uma garrafa de vinho branco.
- Desculpe, não consigo me controlar quando estou do seu lado, é quase impossível. - Justifiquei-me
- Ok... Sem problema !

Caminhamos  à mesa e ali ficamos, conversando até que a carne que só estava aquecendo ficasse pronta.
- Jonas, você tem que me prometer que vai ser sincero caso não goste da comida que aí eu compro pizza, ok? -  Eu disse.

Ele só acenou positivamente com a cabeça.
- Você acha que somos gays ?  Perguntei.
- Sim! De certa forma. Mas, "viado", realmente importa? Nós somos adultos, vacinados e ninguém pode nos julgar.

Ali eu vi um Jonas mais maduro e ainda mais maravilhoso. Ele realmente não se importava com o que as pessoas pensaríam de nós. Não só pela diferença de idade mas também pelo fato de sermos do mesmo sexo.

A carne ficou pronta e esse foi o assunto do jantar:
- Meu deus! - Exclamou ele.
- O que foi, não gostou?
- Se eu gostei? Eu amei. Estava delicioso, sério! Uma verdadeira obra de arte para se comer. Estava uma delícia.

Ficamos ainda trocando várias carícias no sofá até as coisas ficarem um pouco mais quentes -o que já acontecia bastante - mas como sempre, ele me brecou. E, nós passamos a noite vendo TV na sala e comendo sorvete para esfriar um pouco nosso "fogo".

Ficamos mais um pouco até que ele me surpreende e senta em meu colo, roçando sua bunda em meu pau jáa muito duro por debaixo da calça.
- Não me provoque mocinho, eu posso não me controlar. - disse a ele olhando em seus olhos.
- É mesmo ? - me perguntou ele com ironia e safadeza na voz. - E o que faria comigo ?
- Eu vou te castigar muito, meu garoto - disse isso dando um tapa  forte em sua bunda que a essa altura já rebolava sem dó no meu cacete.

Ele não ousou tocar no meu ou no dele. Só ficamos sarrando até eu gozar por dentro da calça, me melando todo. Ele também gozou deixando uma grande marca na sua bermuda.
- Vou para casa ! - Disse ele

Pensei em dizer: Mas logo agora? - Porém me contive.
- Quer que eu te acompanhe até em casa com meu carro? Não é bom andar sozinho.
- Não precisa, não, amor.

CARALHO, ELE ME CHAMOU DE AMOR... EU VOU SURTAR. ME SINTO UM BESTA.

- OK, amor. Me manda mensagem quando chegar em casa.
Demos mais uns beijos e ele se foi. Eu arrumei a cozinha toda e a sala. Tomei mais um banho e me deitei para sonhar com meu anjo.

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