O Farol Mágico

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Gênero: Fantasia.

Tema: RPG, Medieval, Magia, Mundo de Fantasia.

Tags: Guerreiros, Magos, Magia, Mistério, Fantasia, Deuses, Elementais.

Dica: Acredito que a fonte para inspirações nessa história seja infinitamente ilimitada.

Os elementos e personagens que podem ser usados são comuns em diversas obras, como O Senhor dos Anéis e livros/filmes similares. Igualmente, livros sobre Dungeons & Dragons também têm muitos desses elementos. RPG's para todos os tipos de plataformas também podem ser utilizados como base de ideias.

Embora eu já tenha mencionado que as ideias aqui apresentadas podem ser usadas na íntegra ou alteradas à vontade por autores que se interessarem por elas, a grande diferença que marca "O Farol Mágico" dessas outras obras todas que citei é que, além da base de história no "Farol", aqui não há criaturas mágicas como dragões e similares. Ao invés disso, há animais elementais, como será explicado na trama a seguir.

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O mundo em que moramos se chama Elementaria At Terraria e vivemos no ano 3215 após o Grande Cataclismo. Ninguém sabe sobre nada antes disso, todos os registros que temos foram gravados após esse evento, que dá início à nossa história.

De acordo com as histórias contadas pelos avós dos avós dos nossos avós e transmitidas por gerações até nós, o Grande Cataclismo foi o ano em que o Farol começou a funcionar. Ninguém sabe ao certo quem construiu o Farol ou o porquê disso, sequer sabemos se há alguém lá alimentando sua luz ou se sua energia é infinita. Há quem diga que os deuses que criaram tudo usam o Farol como sua morada, mas isso é apenas uma lenda.

Eu vou explicar melhor sobre o Farol, para que você me entenda bem. Quando olhamos para o céu, de qualquer cidade ou qualquer lugar em Elementaria, vemos de um lado uma gigantesca montanha, com O Farol no alto. No sentido oposto há o mar. No alto apenas nuvens durante o dia e estrelas durante a noite. O Farol está no centro de Elementaria e gira em ciclos, aquecendo e energizando as coisas. Quando somos atingidos pela luz do Farol é dia e quando sua luz está apontando em outra direção, para nós, é noite.

Ninguém sabe o que há no Farol porque ninguém nunca conseguiu chegar até lá e voltar, ou mandar qualquer sinal sobre o que há lá ou como é por lá. Da mesma forma não sabemos o que há além do mar. Sabemos que até onde podemos ver olhando para o horizonte, não há outras terras para se viver além dessa. Ninguém se arrisca a sair para o mar.

Por outro lado, expedições para chegar ao Farol são constantes. Reis e Lordes bem abastecidos estão sempre reunindo grupos de grandes guerreiros, manipuladores e domadores para ir até lá, mas como eu já disse, ninguém que já foi retornou para dizer o que viu. Ao que sabemos até o momento, a jornada para o Farol é uma viagem sem volta.

Falando sobre Manipuladores e Domadores, pelo que sabemos, foi com o Grande Cataclismo que os Elementais despertaram. É estranho pensar em um mundo que não exista isso, pois conhecemos essas coisas desde que nascemos, mas registros dizem que em um passado muito distante, ninguém era capaz de controlar os elementos. Porém, todos temos o dom de sentir e entender os elementos. Fogo, água, terra, ar, a natureza e muitos outros. Não apenas nós, humanos, mas muitos animais nascem com essas habilidades.

Entretanto, embora todos tenhamos o Dom, nem todos conseguimos controlá-lo a ponto de usar em batalhas. Aqueles com essas capacidades fazem parte das guardas reais ou trabalham de forma independente recebendo de acordo com suas habilidades e o serviço que fazem. Os que conseguem controlar os elementos são chamados de Manipuladores e aqueles capazes de controlar animais com habilidades elementais são chamados de Domadores.

Ah, quando eu disse que chegar ao Farol é uma missão que nunca ninguém realizou, eu me referia justamente aos elementais. Há quem diga que a partir de certo ponto subindo a montanha existem animais com habilidades elementais poderosíssimos e impossíveis de serem domados. Além disso, lendas falam sobre Entidades com poderes elementais que nunca ouvimos falar ou temos registros oficiais. Se metade disso for verdade, uma exploração na direção do Farol é uma exploração ao encontro com a morte.

O que eu faço? Sou um escudeiro e um historiador. Como minhas habilidades com Manipulador e Domador desde cedo se mostraram pequenas, decidi me especializar em alguma coisa para não morrer de fome. Sendo assim aprendi a escrever e embora eu domine apenas pouco mais de seis idiomas, já é mais que a maioria, que não domina nenhum na arte da escrita.

Eu tenho dezesseis anos e venho tentando ingressar em um grupo de exploradores para o Farol há anos. Se eu for com um grupo que seja capaz de chegar perto e voltar com vida, talvez um dia meus registros estejam na grande Biblioteca de Angélica, a maior cidade de Elementaria. Infelizmente eles valorizam mais mestres em combate que historiadores. Mesmo assim me aproximei de vários Lordes escrevendo registros de suas histórias, ganhando sua confiança e fazendo-os entender que para terem seu nome marcado na história não basta que apenas as pessoas se lembrem deles, é preciso registros de seus feitos.

Ser órfão tem uma única vantagem, não sinto falta de uma família que nunca tive e crescer pelas ruas só me fez querer aprender algo para não ser chamado de inútil e ser requisitado. Estou quase alcançando minhas metas. Talvez um dia eu também consiga convencer a todos de que mulheres também são boas Manipuladoras e Domadoras (embora eu não conheça nenhuma com tais habilidades) e que podem ingressar esses grupos de exploração. Até os cozinheiros são homens, sendo que mulheres claramente se saem melhor com isso!

—Victor. Arrume suas coisas. O grupo já está quase organizado e partiremos em um quarto de hora. Você irá na última carroça da caravana, mas o Lorde Rammstein mandou lhe dizer para fazer um inventário, acho que foi isso que ele disse, sobre todos os membros e itens que estão sendo levados. Tente ficar atrás dos caçadores e procure não os atrapalhar nem morrer. Ouvi dizer que você é muito atento, então lhe colocarei em uma posição alta para que nos informe sobre qualquer coisa suspeita que ver. Faça valer a comida que estamos perdendo com você.

Isso foi uma ordem de um amável senhor com cara e jeito de brutamontes, mas eu sei que ele não é assim. Renfield, o líder desse grupo de exploradores deixou para trás a esposa, duas filhas e um filho. Como tenho a idade de sua filha mais nova, ele fez de tudo para que eu não fosse, mas a palavra do Lorde Rammstein é definitiva e estou no grupo. No fundo eu sei que ele só queria a minha segurança, pois todos saber que há noventa por cento de chance de nunca mais voltarmos.

Enfim, como ele disse, lá vou eu fazer um inventário do que estamos levando. Preciso pagar pela comida que vão me dar com mal gosto, mas não posso reclamar.

Seria muito pior se eles descobrissem que meunome verdadeiro não é Victor e sim Victoria.

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