Ω5 dias depois
Aparentemente, está tudo bem. Mas vou começar a chorar quando lembrar de tudo. Da dor da falta. Do buraco no peito e sonhos podados. Quando levantar a cabeça do travesseiro e acordar para mais um dia e, então, sentir uma sensação estranha, que não dá pra explicar, como uma preocupação no fundo da mente e lembrar do vácuo que você deixou. Lembrar de tudo. E meus glândulas proliferarão lágrimas.
Foi assim ontem. E antes de ontem. E vai ser assim hoje. E amanhã. E por um bom (mau) tempo. Até que...
Vou começar a me acostumar. A esquecer.
E eu não quero esquecer. Não quero! Parece errado.
Pego sua camisa azul sobre a cama e sinto seu cheiro. É bom. Uma mistura de chocolate, chuva, areia e flores. Por quanto tempo esse cheiro vai permanecer ali? Por quanto tempo ele vai permanecer em minha mente?
Não quero realmente descobrir. Quero apenas que dure para sempre. Assim, de alguma forma, ele também será eterno.
Acho que quero continuar sentido a dor. Sim, quero. Pelo menos ela não me deixa esquecer. Seria uma traição da minha parte esquecê-lo. Logo ele que mudou minha vida e não eu a dele.
Estou sendo egoísta de novo.
Sento à beira da cama. Estou novamente com aquele olhar zumbificado em direção ao nada. Como a gente fica quando acaba de acordar. Como se eu fosse uma deficiente mental. E sim, sou, minha mente está deficiente. Danificada. Um caos.
Então lembro da terra cobrindo ele. Não parece certo simplesmente jogar terra em alguém que tanto amamos e dizer "pronto", como se aquilo fosse acabar com todos os problemas.
Pronto! São tantas coisas por trás dessa palavra. E nenhuma se encaixa neste contexto.
Puff! Nada está pronto. Nada está bem.
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Prometo Morrer
Короткий рассказ. Prometo Morrer Fúnebre · 01 ― Mórbido · 02 ― Póstumo · 03 Três contos sobre vida e morte e coisas entre elas. Sobre coisas pequenas e grandes ao mesmo tempo, como o amor ou a dor... ...