Ω
37 dias depoisO que/como será amanhã? É o que eu me pergunto às vésperas de todos os dias.
Não imagino nada além disso. Não quero nada além disso. Não desejo se não isso.
Sim, minha estrela cadente está quebrada. Nem ao menos consegue realizar meu único desejo. Então não espero mais nada da vida. Nem acredito mais nela. Acredito na morte.
Mas, espera. Haveria morte sem a vida?
Acho que eu tô ficando louca.
Todos os dias eu imagino como será o dia em que não sentirei falta dele. Em que a tristeza não será tão real a ponto de tocá-la. Em que aquele buraco no peito não consumirá mais um pedacinho da minha alma todos os dias.
Este é meu único desejo de todos os dias. Não sentir mais essa dor. Antes, pensei que quisesse continuar a senti-la. Mas estou no limite. Não consigo mais.
Dormir ajuda, às vezes. Mais uma hora, acordo. E tudo volta. Sento na cama, sinto seu cheiro. E choro um pouco, quieta, sem fazer barulho. E lembro dos bons momentos e abro aquele sorriso fúnebre. E então eu sei como acabar com a dor. Eu sempre soube. Há um solução.
Talvez um dias após o outro a faça passar. Ou talvez apenas faça me acostumar com ela e será como se ela nem estivesse mais aqui. Mas tudo isso pode demorar. E eu não suporto mais. Ou não quero suportar, não sei.
Existem maneiras mais rápidas e certas do resultado final.
Então eu a escolho. Escolho a maneira mais rápida e pouco tempo depois a dor foi embora. Tudo foi. Consigo "dormir" relaxadamente sem aquelas interrupções como se estivesse preocupado com alguma coisa. Como eu tivesse esquecido algo a fazer.
Ele não existe mais.
A dor não existe mais.
Eu não existo mais._______________________
Este foi o meu continho, Fúnebre.
O que acharam?
Podem comentar aí em baixo.
Não se esqueçam de votar.Já, já tem o segundo conto: Mórbido.
Até mais, Hemi. 💙
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Prometo Morrer
Short Story. Prometo Morrer Fúnebre · 01 ― Mórbido · 02 ― Póstumo · 03 Três contos sobre vida e morte e coisas entre elas. Sobre coisas pequenas e grandes ao mesmo tempo, como o amor ou a dor... ...