Prólogo⛅

41 7 3
                                    

UM ANO ANTES...

"-Mirelle por favor,venha até meu escritório.Quando terminar o seu expediente tenho algo para dizer-lhe.
-Sim,claro"...

Quando terminei mas um dia de trabalho- Cansativo, porém gratificante- faço o que meu chefe me ordenou.Chegando ao seu 'glorioso' escritório,o saúdo-o.

-Sr. Denner-Murmuro.

-Sente-se.-Rosna.Faço o que ele manda e pacientemente espero ele falar.

-Vejo que vens sendo não muito produtiva com seu trabalho jornalístico,e que suas reportagens não vem dando muito lucro...

-Me desculpe...-Interrompo-o tentando me defender.

-Cale-se só fale quando eu mandar.-
Faço que sim com a cabeça.

-Com isso,vou demiti-lá.Como você sabe, gosto que as coisas progrida e você não está fazendo isso,de acordo com meu ponto de vista, certo?

-Eu...
-Cale-se! Ao envés de uma mal trabalhadora ainda é mal educada, interessante Srt.Wageman.
Sou um homem que cumpre com minhas palavras, então como eu disse você está des-pe-di-da.Tem algo para protestar?-Fala em tom sarcástico.
Esse cara está muito petulante,como ele acha que eu não vou opinar?É claro que vou me defender, não vou deixar ninguém tirar minha auto-estima.

-Sr.Denner,creio que seu ponto de vista está em meio termo errado.Não vejo nada de errado com as minhas entrevistas e também todas elas são bastantes lucrativas.No entanto,algumas delas são meios 'baratas',concordo plenamente.Mas sinceramente,não tem necessidade para me despedir.- Contradigo.

-Então você está dizendo que meu ponto de vista está errado?-Pergunta,jogando a cabeça para um lado,me olhando impaciente.

-Sim.-Vou logo ao ponto e ele franze a testa.

-Ah,Mirellle.-Ele acaricia o queixo e me olha de forma...Lasciva?-Você é tão engraçadinha.-Hã? Engraçada eu?
Esse cara tá louco!

-Sr.Denner,por favor não me despeça,esse é meu único meio de arrumar dinheiro para pagar minhas contas e meu aluguel!Eu preciso desse emprego.

-Sei,mas eu já fiz suas contas.Ou seja,você já está despedida.

-Por favor,Senhor,eu imploro.- Lágrimas surgem nos fundos dos meus olhos.

Ele se levanta e faz um sinal de 'Cai fora' com as mãos.Saio apressadamente da sala,e pego minha bolsa para ir para casa.Meus olhos ardem.Ardem das lágrimas que querem cair e que eu estou segurando.É muito humilhação.

Saio correndo para fora da empresa.Olho no meu relógio de pulso, já são 18;00 horas. Droga! O ônibus só chegará às 18:40,vou andar a pé mesmo.O tempo está escuro e uns respingos cai do céu.
Meu Deus,qual pecado eu cometi para merecer isso?
Uma chuva não pegaria nada bem hoje.Ando o mais rápido que posso, não quero pegar chuva,pena que eu não tenho sorte e começa a chover forte.
Começo a correr na rua,todos olham para mim- com pena-, já imagino seus pensamentos ' Coitada, será que devo ajuda-lá? '

Consigo chegar em uma parada de ônibus,o problema é que essa chuva vai demorar horas e horas e eu não trouxe nenhum guarda-chuva.
Procuro meu celular e me lembro que deixei em casa. Merda!
Uma Harley preta,para perto da parada de ônibus e eu me assusto.Será um tarado?Um estuprador?Um ladrão?Me preparo para correr,mas o motorista,ao qual está com um capacete(Não da para ver seu rosto)vermelho,pegunta;

-Carona?-Pergunta simpático,sua voz é grossa e firme.

-Não,obrigada.-Digo alarmada,meus sentidos interiores ficam rígidos.Vai, é só uma carona comum,com um desconhecido.Escuto minha consciência dizer com zombação.

-Olha,eu não sou um homem que fica por aí pedindo caronas,mas creio que essa chuva vai demorar horas.Prefiro levar você em segurança.

-Como eu vou saber que você não é do mal?-Pergunto estupefata.

-É o seguinte,se você não vim,problema é seu,não quero me molhar mais.

-Tá legal.-Murmuro.

Ele me dá um capacete rosa e eu subo na garupa da moto.
Eu estou numa Harley! Com um desconhecido,que pode ser um cara não muito bom, zomba de mim,minha própria consciência.Pior que é verdade,vamos crer que não.
Ele(quem quer que seja) acelera a moto,e eu tremo não só de frio(Porque eu tô molhada),mas por outra parte,de medo.

-Endereço?-Ele pergunta,me olhando pelo retrovisor rapidamente e depois olha para a pista molhada.

-Er...-Será que eu digo?

-Não tenha medo,podes dizer.

-E-eu moro na rua Mill, número
8,enfrente ao supermercado Müller.

-Certo.Segure firme,porque vou acelerar.

🎫🎫🎫🎫🎫🎫

-Obrigada-Digo, entregando o capacete rosa,quando o motorista 'desconhecido' me deixa na porta de "minha" casa.

-O prazer foi meu.-Diz e vai embora,em sua Harley.Como eu queria uma moto dessa,aaah.
Eu nem sei como ele se chama,e nem sequer vi seu rosto.Ele não tirou o capacete em nenhum momento.
É melhor assim,eu nunca mais o verei mesmo.

Entro na casa,e tudo que aconteceu hoje me veio a mente.
Trabalho corrido-despedida-chuva-motoqueiro desconhecido-casa.
Diferentemente de minha rotinas que eram; trabalho-casa,isso é enervante.
Entro no banheiro e olho o meu rosto no espelho,a roupa está toda molhada, grudada ao meu corpo,o cabelo todo assanhado,minha maquiagem despedaçada,os meus olhos estão pretos -por causa do lápis de olho e o rímel.

Posso ser chamada verdadeiramente,de um descaso.Horrível.Terrível.
Pelo menos estou em casa,sã e salva.

Tomo um banho morno,me enrolo em minha toalha felpuda rosa,e procuro meu pijama do Pernalonga.
Encontrando-o jogado nas minha roupas, visto-o.
Faço um café e ligo para minha amiga, Anastácia,que atende no primeiro toque.

Ligação ativa;

-Mi, você está bem?-A voz aguda de Ana,invade meus tímpanos,ela está preocupada.

-Oi, sim,eu estou bem...eer...mais ou menos.-Digo.

-Ah, sua ingrata!Eu morrendo de preocupação por você e você ainda fica assim?

-Eu fiz o quê?

-Esquece, por que mais ou menos?
O que aconteceu Srt.Mirelle Wageman?

-É uma longa história,posso lhe contar amanhã,estou cansada.-Bocejo falso,não quero falar disso agora.

-Tá bom, tá bom.Mas amanhã viu? Não vou esquecer.- Revirei os olhos.
Amanhã terei as perguntas inquestionáveis da Srt.Anastácia,isso não é nada bom.

-Eu vou dormir, só te liguei para te dizer boa noite.

-Boa noite Mi.

-Boa noite Ana.

Não esquece a estrelinha ;)
🌟

Amor pela primeira HarleyOnde histórias criam vida. Descubra agora