Capítulo 4 🎀

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A casa era perfeita para mim.Demorei uma hora para chegar,mas acho que valeu a pena.

-Essa casa foi construída atualmente.

-Ahã.-Resmunguei.Quase não acreditava que aquilo seria meu.
Por alguns minutos me imaginei morando nela.A parede era de um tom marrom apagado,o que deu um ambiente escuro ao local,aposto que um pouco de tinta viva deixaria o local mas vivo.
Há um jardim de flores impecáveis,de longe dava para sentir o cheiro magnífico que jazia.

-Gostou moça?-Pergunta o proprietário com esperança.

-Oh,sim.Gostei bastante.

-Irá comprar?-Pensei por um instante.Ana está passando por um momento difícil, será que ficaria brava se eu comprasse a casa?É melhor eu falar com ela.

-O senhor pode me dar um tempo?Uma semana?

-Senhorita, existe várias pessoas querendo comprar essa casa e eu não posso decepciona-las.

-Até segunda então?-O homem bigodudo passa a mão no bigode.Parece pensativo.Por um instante achei que não iria responder.

-Acordo feito, até segunda-feira e, só.

Na volta para casa, recebo uma mensagem do meu irmão.
"Liga pra mim,preciso falar algo com você.Beijos,do seu irmão favorito ;-) "
Deve ser alguma coisa importante para ele mandar mensagem para mim.Espero que não seja mais bomba, já basta a bomba de hiroshima que já tem lá no condomínio.Decido ligar para ele em casa.
Conecto meus fones de ouvido no celular,e escuto músicas,aproveitando a viagem de volta para 'casa'.

Anastácia não está em casa,foi visitar o pai.O estado dele está estável,mas qualquer coisa ele pode vim a falecer ou melhorar (O que todos nós desejamos).
Descanso um pouco e,depois começo a fazer uma faxina.Liguei o som na maior altura e o que não faltou foi bumbum pro lado e pro outro.
A casa não está suja, mas,é bom sempre deixar mais limpa.
Quando eu termino vejo a casa renovada(Acho que é do meu cérebro desmiolado,porque, aparentemente está a mesma coisa), totalmente limpa e cheirosa.
Aproveitei que estava suada, comecei a dançar e malhar ao mesmo tempo.
Achei muito doido,porque eu estava parecendo uma maluca da Silva.
Como eu estava perto da porta(O som estava muito alto)escuto umas batidas.Diminuo o volume do som,e as batidas continuam insistentes. Misericórdia,e se for um ladrão-estrupador-esquartedor de mulheres indefesas.Pena que a porta não tem olho mágico,o que significa,que vai ter que ser no cara a cara.
Coragem Mirelle,coragem.1,2,3 e...

Brenner?Que droga é essa?Ele me avalia de cima para baixo,depois parece se repreender(mentalmente) pelo tal ato e começa a falar.

-Bom dia Mirelle,desculpe por estar aqui em pleno sábado,era um assunto que eu queria conversar pessoalmente.

-Bom dia.Tudo bem,pode entrar.Caraca,eu tô toda suada,fedendo mais do que um gamba morto.Suspiro.Coro.Eu tô com um short de um palmo e uma pequena(e colada)blusinha.O que ele vai pensar?Que sou uma vadia de primeira categoria, claro!

Desligo o som.Ainda bem que eu tinha acabado de cuidar da casa,ou seja,estava muito limpa.

-Deseja alguma bebida?-Posso estar mal vestida(porque ele veio sem avisar nada),mas não quero parecer mal educada também.

-Não obrigado, não vim comer ou tomar algo.-Ele olha-me com desdém.Puta merda, será que fui a única a entender que a frase tinha duplo sentido?

-Está legal, então.-Sento no sofá.Poxa,nem acredito que ele está aqui.

Perai,como ele sabe onde moro?Por acaso,vem me seguindo do trabalho até em casa?
-Como você é uma das minhas jornalistas que tenho mais intimidade...-Ele exita um pouco antes de continuar.Opa,que intimidade é essa,senhor?
-Você vai ser minha mais nova jornalista de viagem.Para onde eu for você vai.Você, Mirelle,vai ser tipo uma sombra minha.Quero que sinta a prática através de mim.Vejo que você tem talento para isso é não é pouco, é muito Mirelle.É questionadora,inquieta e até -ele sorri um pouco- intimidante.

Amor pela primeira HarleyOnde histórias criam vida. Descubra agora