Cap. 17

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Com o coração acelerando cada vez mais, me aproximei do cara loiro...

-Oii. Prazer, Luna._eu disse estendendo a mão para ele.

-Ooi. Eu sou o Guilherme._ ele fez o mesmo. -Lindo o nome, Luna._falou me reparando dos pés a cabeça.

-Ah, obrigada! Bom, eu estava ali pensando em como nós dois somos parecidos, não acha?

-É...pensando bem, acho sim.

-Ãhm, desculpa eu perguntar isso...mas qual é o seu sobrenome?

-Santos...

-O meu também! O senhor não acha estranho sermos parecidos e ainda termos o mesmo sobrenome? Quer dizer, não estou ensinuando nada, só estou pensando algo...

-Não precisa me chamar de senhor, gosto de me sentir novo. Bem, é sim estranho, demais! E o que você está pensando, pode me dizer?

-Quer mesmo que eu fale?

-Sim.

-Ah...é que o senh...você parece ter as mesmas características do meu pai, o mesmo nome e sobrenome, a mesma fachetária de idade, parece gostar de praticar esportes radicais, e parece comigo. Sabe, meu pai sumiu de repente, deixando a minha mãe grávida de mim, sozinha. Mas eu não tenho nenhuma mágoa dele, pelo contrário, eu só quero ver ele e saber a verdade. E agora aparece você...por favor, se você for o meu pai, me fala, se não for me desculpe pelo engano... Mas realmente é muita coincidência.

Ele ficou quieto por um tempo e finalmente disse quebrando o silêncio:

-Uau! Er...Eu tive...quer dizer, tenho uma filha chamada Luna e deixei sua mãe pouco antes de ela nascer. Confesso. Foi doloroso. Mas na época eu era imaturo,e ia ter a primeira filha, o que não tava nos meus planos ainda. Estava prestes a me tornar PQD(paraquedista) profissional e fazer uma viajem dos meus sonhos, mas sua mãe não queria ir, morar em outro lugar não era o sonho dela. Eu amava e amo a aventura, não queria largar isso por nada, então resolvi sumir. Fiquei uns dias na casa de um amigo até o dia da grande viajem para Las Vegas. Fiquei lá por alguns anos. Eu até iria morar lá, mas eu finalmente percebi que o que eu tinha feito com a mãe dela...sua e com você foi errado. Fui muito egoísta da minha parte. Reconheço. Mas eu mudei. Com dois sonhos realizados, resolvi voltar para o Brasil e tentar encontrar vocês. Procurei, eu juro, mas não tinha achado vocês até ontem e hoje sim, graças a Deus por isso. Filha, me perdoa por favor! Eu não sei como pude fazer isso, mas eu estou muito arrependido e não quero ficar assim pelo resto da minha vida. Farei de tudo para conquistar a confiança de vocês. Mas se isso não acontecer, quero pelo menos que vocês me perdoem tá? Por favor!_explicou com lágrimas rolando em seu rosto.

Fiquei boquiaberta. A minha intuição estava certa. Eu estava certa. Ainda não tô acreditando que finalmente vou ter um pai, agora é legível! Meu coração começou a acelerar mais ainda. Então eu disse:

-Eu entendo. Mesmo não sabendo muita coisa da vida, eu sei que as vezes somos irresponsáveis e fazemos a primeira coisa que nos vem na cabeça, mesmo sabendo que pode haver consequências depois. Mas de qualquer jeito, a resposta é sim, eu te perdou. Espero que minha mãe também. E sabe, seria ótimo ter você em minha vida, é o que eu mais quero...pai._falei chorando também.

Nos abraçamos e ficamos ali conversando mais.

Estou muito feliz por isso. Sei que sou mais parecida com meu pai mais do que eu pensava: sempre tive uma curiosidade por aventuras, mas não sabia que um dia eu iria praticar. Agora eu me descobri de verdade. Agora eu sei que isso corre em minhas veias, assim como o meu pai.

 Agora eu sei que isso corre em minhas veias, assim como o meu pai

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