Capítulo sem revisão: autora adoentada🤒
--------Eu não havia conversado com ninguém a respeito do meu término. Claro que eu havia dito aos amigos do trabalho que Eduardo e eu não estávamos mais juntos. As pessoas me viam ir embora sozinha e logo começara a perguntar.
Os detalhes do choro, de como tudo terminou estavam ali escondidos a sete chaves. Só havia uma pessoa que eu confiara em abrir meu coração, ou ao menos parte dele, e era em busca dela que eu iria.
O salão de beleza Suzi Hair estava cheio, mulheres escovava os cabelos e faziam chapinhas sem se importar com o temporal que caía lá fora. Mesmo com o ambiente agitado, ela notou minha presença assim que entrei.
— Por isso essa chuva! — anunciou e sorriu vindo em minha direção. Quando ela me abraçou forte eu tive vontade de chorar, me sentir aninhada, reconfortada como a muito tempo eu não me sentia. — Ei, Secret o que houve?
Secret, para ela eu era a Nina Secret. A mulher poderosa que enfrentava o mundo com um sorriso no rosto.
Suspirei alto. O suficiente para ela entender.
— Carmem, querida. Assume o meu lugar que eu vou conversar com a Nina. Abraçadas seguimos em direção a sua casa, minha amiga havia construído o salão acoplado a sua casa. Um jardim ao fundo eram o que separava os ambientes. Uma separação meramente ilustrativa, pois para ela o trabalho era a extensão da sua casa. E o trabalho era a sua vida.
Fora ela que me incentivara a pedir demissão do meu antigo emprego, onde eu conhecerá o meu ex e agora eu estava num emprego que me valorizava que eu gostava de trabalhar e era feliz. Ela era a irmã que eu não tive, a minha família por escolha.
— Desculpa ter aparecido sem avisar — falei enquanto ela preparava um café para nós.
— Você me deve desculpas mesmo, mas por ter sumido por tanto tempo. Você não pode sumir assim Nina.
— Eu sei, mas eu não seria uma boa companhia.
— Você sempre é. Nunca esqueça disso — falou me fitando com carinho.
— Obrigada — acariciei sua mão — onde está o Vicente? Vicente era o namorido dela, estavam juntos há mais tempo do que eu a conhecia.
— No trabalho, ele está tão feliz com a promoção.
— Posso imaginar.
— Não mude de assunto..
—Eu não estou mudando — beberiquei um gole do meu café.
— Está sim. Até quando vai continuar se escondendo? Você precisa viver! Vamos comemorar sua liberdade. — falou animada.
— Eu não estava presa.
— Então não irá se incomodar se sairmos hoje para encontrar uns amigos.
— Não vai dar, eu preciso fazer uns exames amanhã cedo.
— Exames? O que houve? — indagou preocupada.
— Nada demais. A médica da empresa que passou, tive um desmaio...
— Você anda se alimentando? Eu sabia que deveria ter ignorando suas mensagens e ter ido até seu apartamento e lhe forçar a comer.
— Eu estou bem. — me olhou feito um detector de mentiras. Após uma longa inspeção deu-se por convencida que eu estava bem.
— Então não terá problemas em encontrar alguém sexta à noite.
Não! A Su cupido estava de volta e eu sabia que precisaria usar todas as minhas forças ou eu acabaria a sexta jantando com um homem que minha amiga jurava que era a tampa da minha panela.
Duas horas depois, eu ainda tentava convencê-la a mudar de ideia, mas não surtira o mínimo efeito. Ela continuava firme em me convencer a aceitar sair com um dos amigos do Vicente.
— Su não — implorei — eu não estou pronta para ter um encontro agora. Minha amiga revirou os olhos, e eu sabia que eu tinha perdido a batalha.
— Nina por favor, vamos superar! Que tal o Juan? — mostrou o perfil de um belo exemplar do sexo masculino no facebook, o cara era loiro, olhos azuis, barriga tanquinho. Um tipo exibido que faz as mulheres virarem a cabeça quando passa e que quebrará o coração em mil pedacinhos daquela que se apaixonar por ele. Como se adivinhando meu pensamento ela foi logo dizendo: — Um encontro. Apenas um encontro com um gostoso desconhecido.
— Ele não é um total desconhecido, já nos esbarramos e ele nem me notou.
— Você estava comprometida criatura. E além do mais foi um encontro rápido...
— Amor, cheguei!! — Vicente veio até nós e beijou apaixonadamente sua namorada —Tudo bem Nina? — me cumprimentou com um abraço forte.
— Tudo sim e você?
— Feliz! — sorriu abertamente — muito feliz em finalmente casar com essa mulher. Uma áurea de amor e felicidade estava presente ali. — Vou deixar vocês conversando — beijou minha amiga e saiu.
— Vocês são lindos juntos.
— Eu sei — ela sorriu — foi encontro de alma. Sua expressão se modificou, um sorriso de satisfação estampou seus lábios e seus olhos brilhavam, parecia que tinha feito a descoberta do ano. — Um encontro às cegas é isso!! — aplaudiu animadamente enquanto eu a encarava sem entender nada.
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Com amor,Isis Fogaça
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Encontro Marcado *** DEGUSTAÇÃO ***
Short StoryUm encontro às cegas. É disso que Carolina precisa depois de sofrer uma desilusão amorosa. Bem... pelo menos esse é o pensamento da sua amiga que acaba registrando-a num site de encontro às cegas. Uma vez devidamente escrito...