Capítulo Sete

23 3 0
                                    

Universidade vai claramente dar cabo de mim, estou mesmo a prever eu daqui a umas semanas a chorar num canto porque não fiz um trabalho entre os milhares que me deram. Ah não exageres a Mia. Estou a falar tão a sério. Mas procedendo com a minha vida bem aborrecida, acabei de ter a minha ultima aula e estou sentada nas escadas á espera do Calum, que já agora não decide aparecer e está a deixar-me muito zangada e com fome. Depois de uns séculos o raio do rapaz decidiu aparecer e apitou a buzina do carro durante provavelmente 1 minuto para eu saber que ele estava ali. Claro que ele tinha de ser extra e envergonhar-me no meu primeiro dia de universidade, atraindo pessoas cá para fora só para olharem para mim a entrar no carro.

"Calum, eu vou-te matar."

"Olá amorzinho."

Ele não acabou de me chamar amorzinho. 

"Apenas conduz."

"Oh vá lá, estou a levar-te pelo caminho da fama. Olha os teus fãs."

"Juro que saio deste carro se não conduzires."

"Okay bem disposta"

Eu estava bem disposta até me fazeres esperar um milhão de anos pela tua boleia e para poder almoçar, mas claro que isso é irrelevante.

"Eu sei que demorei um bocadinho"

"Jura"

"Mas foi por boas razões, eu fui buscar comida ao Mc e depois apanhei trânsito. Man, o trânsito estava pior do que o teu humor agora."

"Desculpa, eu não sou eu quando estou com fome"

"Claramente e para melhorar tudo vamos almoçar num parque muito aesthetic porque eu sou imensamente extra."

"Nota-se"

Ele mandou-me um beijinho pelo ar e sorriu, o que causou com que o meu coração salta-se 35 batidas, quem é que este cócó pensa que é. Apesar de ele ser muito extra e irritante, ele tinha razão acerca do trânsito e isso só torna as coisas muito piores para a minha situação de humoração.

"Calum quero ir embora."

"Estamos quase lá"

"Calum tenho fome"

"Eu sei, já disseste"

"Eu vou morrer e a culpa é tua"

"Mia"

"A sério, a fome está a consumir-me."

"Oh que..."

"A fome é tão grande que está a comer-me por dentro, sente-te orgulhoso disso Calum"

"Chega, não há quem te ature porra."

Não perguntem como, mas ele estacionou o carro de uma maneira abrupta e saiu do mesmo. Pegou nos sacos com o nosso almoço e numa manta e começou a andar a um passo bastante elevado. QUAL É A ESSÊNCIA.

"Okay rude, podes ter calma?"

"Acompanha se queres o teu almoço"

"Calum eu não consigo andar tão depressa"

"Corre então"

Estúpido, ele não é ninguém para me dizer para correr e como a bela criança que sou sabem o que eu fiz? Sentei-me no meio do passeio e esperei que ele olhasse para trás para perceber que eu não ia sair dali até que ele abrandasse. E ele não só olhou como veio ter comigo e fez-me levantar. Deu-me a mão e começou a andar mais devagar, mas claramente a levar-me para o tal sítio para almoçarmos.

"És uma peste"

"Uma linda peste"

"Infelizmente"

"INFELIZMENTE?"

"Sim, as coisas seriam mais fáceis para te deixar no meio da rua."

Calei-me. Porra, ele sabe marcar pontos.

***********************

Eu sei que o capitulo foi curto mas eu queria publicar alguma coisa hoje. Obrigada por lerem, agradeço.

Beijos, Helena

InsomniaOnde histórias criam vida. Descubra agora