Capítulo 12

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-Gosto muito de você Adelaide, você foi a única coisa que me manteve naquela casa, aguentando tudo. Mas eu não irei voltar, nunca mais.

Adelaide balançou a cabeça. Parecia meio desolada.

-Eu imaginei que o senhor ia dizer isso. Mas por favor, senhor, tenha um pouco de bom senso. Eu sei que, o que o patrão fez foi imperdoável, eu compreendo tudo o que a senhor deve estar sentindo agora, mas se não voltar, vai para onde? Agora sua casa é a Mansão Uckermann!

-Eu arranjarei outro lugar para ficar. Qualquer lugar, menos ao lado daquele homem!- Rafael respondeu.

-Mas senhor...

-E seu pai, Rafa?- Maite perguntou, interrompendo.

O ruivo de um leve sorriso irônico.

-Ele nunca vai me aceitar de volta agora que casei. Creio que meu pai nem me ouviria, e já me colocaria para fora. Ou me mandaria de volta para Uckermann.

-Eu entendo.-Maite deu um sorriso meio triste, como se lembrasse de algo.- Bem, mas eu não deixarei Rafael voltar, tampouco!- A morena informou à Adelaide.- Se for preciso eu o ajudo a fugir!

-Não!-Adelaide pareceu horrorizada.

-Sim, e acabei de decidir que é isso que irei fazer.- Rafa disse abruptamente, como se uma luz o tivesse iluminado.- Adelaide, sinto muito, mas seu patrão não me verá mais. Vou sair daqui agora mesmo.

-Fará mesmo, Rafa?- Maite sorriu, animada.

-Senhor, não faça uma besteira!-Adelaide pediu, desesperada. -O patrão irá...

-Quando ele souber, eu estarei muito longe daqui, Adelaide.- Rafa interrompeu, e depois olhou para Maite.-Você me ajuda a escapar, Mai?

-Pode contar comigo!- A outra respondeu sorrindo, já começando a fazer uma pequena mala improvisada para o primo

-Senhor, eu imploro, não faça isso!- Adelaide segurou Rafael.- O patrão ficará furioso...

O ruivo sorriu.

-Não me importa, a fúria dele vai estar bem longe de mim. E eu ficarei muito grato se você puder enrolar Uckermann um pouco enquanto eu parto!

-O quê? Mas...

-Por favor, Adelaide!- Rafael a olhou com súplica.

A mulher suspirou, travando uma batalha por dentro.

-Oh! Está bem!

Rafa pulou e a abraçou abruptamente. Adelaide arregalou os olhos.

-Obrigado!- E o ruivo foi ajudar Maite a fazer a maleta.

-Vai precisar de dinheiro.- Maite lembrou, correndo até uma gaveta escondida do quarto, abrindo-a com uma chave e tirando algumas notas. -Tome.

Rafael hesitou.

-Mas, Mai...

-Tome! Quer se ver livre de Uckermann ou não?

O ruivo pegou o dinheiro.

-Maite, você é um anjo.

A morena sorriu, convencida.

-Ok, mas agora não é hora para elogios...Você tem que ir! Eu o acompanharei até o porto.

-Eu ainda acho uma loucura. -Adelaide comentou.

-Loucura seria se Rafa voltasse para o marido!-Maite disse.

-Estou pronto! - O ruivo disse, pegando a maleta, apressado. -Vamos Mai, e Adelaide não se esqueça de atrasar a notícia de minha fuga para Uckermann, conto com você.

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