Capítulo 26

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Alguns dias se passaram

Adelaide, preciso ir à cidade fazer umas compras. -Rafa disse no dia seguinte, pela manhã, arrumando o casaco, Rafa olhou para Adelaide.

-Mas...não será melhor ir com o patrão?

-Não, ele parece ocupado na biblioteca. -Ele respondeu com um suspiro. -Melhor não incomoda-lo

-Então vou pedir a algum criado que...

-Não é necessário. -O ruivo interrompeu. -Por favor, eu sei me cuidar Adelaide. Christopher me deixa numa redoma de vidro, mas me sufoca. Vou sozinho, até mais tarde.

-Mas senhor...

Rafa acenou com um sorriso e saiu.

Passou cerca de duas horas fazendo compras na cidade. Comprou livros, e até um presentinho para Adelaide, Maite e algo para Christopher.

O ruivo enfiou a mão na sacola, enquanto se afastava da multidão na calçada. Pegou na mão o que tinha comprado para o marido e sorriu.

Ia recolocar na sacola, quando alguém o agarrou brutalmente por trás e lhe tapou a boca com um pano.

Rafa se debateu e gritou, mas a força da outra pessoa era infinitamente maior.

Ele tentou olhar para trás e arregalou os olhos, e então viu o rosto de Alan.

-Olá, coisa linda.

Os sentidos de Rafa foram ficando vagos até ele desmaiar nos braços de Alan.

Algumas horas depois...

.

Rafa acordou tonto, olhou para os lados e não reconheceu o lugar onde estava. Se levantou com cuidado para não cair, pois estava perto de um barranco em um alto morro, o ruivo suspirou e se virou para correr mais Alan estava encostado em um carro preto sorrindo maliciosamente para Rafa.

-Olha o Rafinha acordou! – Sua voz era carregada de ironia.

-Idiota...- Rafa murmurou baixinho.

-O QUE? REPETE!- Alan gritou se aproximando do ruivo.

-Na... da, não falei nada- Rafa tentou se afastar dando alguns passos para trás, mais quase caiu do barranco.

Alan segurou Rafa pelos ombros e o virou de costas, e falou no seu ouvido.

-Agora não me resta alternativa...-Alan fingiu estar chateado.

Ele pegou Rafa por debaixo dos braços, ele ainda de costas, e o colocou pendurado no barranco.

Rafa gritou, tentando se segurar em Alan, enquanto as pernas e os pés arrastavam no barranco à procura de algum apoio.

-ALAN, não!-Ele pediu, aflito.

-Se eu soltar minhas mãos, você já era. -Alan murmurou. -Um simples gesto meu pode lhe tirar a vida e fazer você parar embaixo deste barranco, Rafael.

-Não, não!-Rafa tentou se segurar.

-DEIXA ELE!

Alan na mesma hora olhou para trás, e Rafa também.

Christopher estava logo atrás deles, suado e ofegante como se tivesse corrido quilômetros. Olhava para Alan com profundo ódio, como se quisesse ataca-lo.

-Ora, ora...-Alan disse ironicamente. -Veja quem chegou para nossa festinha, Rafa!

O ruivo não respondeu, apenas ficou olhando para Christopher. O que ele estava fazendo ali?...

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