Capítulo 18

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Christopher não estava querendo admitir, será que ele esta mesmo apaixonado pelo pequeno ruivo que dormia em seu peito?

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Já de manhã Rafa sentou-se na enorme mesa de café-da-manhã, observando hesitantemente Christopher, que estava sentado do lado oposto sem ao menos erguer os olhos.

-Christopher. -Após dez minutos de silêncio, ele o chamou. -Eu gostaria de fazer um passeio à cavalo hoje.

-À cavalo? -Ele ergueu os olhos, com uma expressão meio distante.

-Sim. - Rafa estranhou. -Ouvi dizer que aqui perto há...

-Não acho que seja uma boa idéia. - Chris o cortou friamente, voltando a mexer seu café.

-Porquê?-Ele o olhou desapontado.

Christopher o olhou duramente.

-Christopher, o que tem de mal... eu só quero...

-Não, já disse, Rafael!

Ele piscou por causa do susto, Christopher aumentara o tom de voz de repente.

O ruivo baixou os olhos, sem saber o que dizer, e mexeu no seu mingau. Ficaram em silêncio novamente, e cinco minutos depois Rafa se levantou da mesa.

-Volte aqui. -Ele ouviu a voz firme do marido.

Rafa parou, ainda de costas.

-Venha, Rafael. -Ele ordenou novamente. Ainda estava sentado na mesa.

O ruivo soltou o ar, hesitante, e virou-se, indo até ele. Parou na frente de Christopher, os olhos baixos, sem dizer nada.

-Olhe pra mim. -Ele mandou, levantando-se.

Rafa levantou os grandes olhos, eles estavam molhados.

-Porquê está chorando? - Chris perguntou, agarrando o queixo dele.

O queixo dele tremeu e os olhos ficaram com mais lágrimas.

-Foi por causa do meu grito? -Ele insistiu, mas continuava com a voz dura. -Perdoe-me, não foi minha intenção ser tão grosseiro.
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-Não, é que hoje é folga do jardineiro e eu não terei nada para fazer. E Maite me contou que há um campo aqui perto, ideal para andar à cavalo, e eu queria conhecer. -Rafa contou, se acalmando. -Não sei porque você ficou assim, eu não vejo problema.

-O problema é que eu não acho aconselhável você ir sozinho.

-Vá comigo, então. -Ele disse sorrindo timidamente.

Christopher soltou o ar.

-Não posso, Rafael. Hoje tenho um compromisso.

-Novamente? -O ruivo perguntou irritado. -E de novo quer que eu fique aqui, preso?

-Você não é um prisioneiro, Rafael. Entenda! -Ele disse com raiva. -Você só é casado com o homem mais rico e importante da cidade. E não posso te acompanhar em todos os lugares.

-E por isso eu tenho que ficar aqui dentro todo o dia, sem sair?

-Eu já lhe disse várias vezes que pode sair, contanto que seja acompanhado por algum criado da Mansão.

-Claro, porque você não confia em mim e acha que eu posso fugir se sair sozinho.

-Isso também. -Ele debochou. .

-Quando eu morava com meus pais sempre saía sozinho. -Rafa rebateu.

-Claro, e pelo que seu pai me contou ele morria de desgosto com isso, pois você desaparecia e voltava depois de horas. -Ele disse com ironia. -Nada adequado para um mocinho de família.

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