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Depois de algum tempo, não sei ao certo quanto, acordei com Lee Chan chamando-me.
— Uma das enfermeiras saiu da sala. Mas por que não veio falar conosco? — perguntou aos mais velhos.
— Ele está bem. Tenho certeza.
Animei-me num pulo, abri um sorriso de orelha a orelha e esperei o neurocirurgião dizer que tudo tinha dado certo.
Todos os meninos, que antes estavam sentados nos bancos da sala de espera, levantaram-se junto a mim e esperaram ansiosamente o neurocirurgião sair da sala.
A segunda enfermeira saira de lá. Sem dizer nada. Sem olhar para nossos rostos. Sem notícias alguma.
Os meninos já estavam se desanimando, mas, mantive-me firme e sorridente. Por ele. Por nós. Por mim.
— Ele está bem, certo? — perguntei, ao ver o cirurgião sair da sala. — O-Onde ele está?
— Não, Luísa. Ele já tinha alcançado seu limite. Infelizmente, Vernon se foi e pediu para te entregar isso.
Ele estende sua mão direita e me entrega o papel que segurava desde que saiu daquela sala.
— Desde sempre, nas nossas consultas e até mesmo minutos antes da cirurgia, ele gostava de dizer o quão incondicional era o amor dele por todos vocês. Principalmente por seu filho.
— Não pode ser! Diga-me que isso é mentira, por favor.
— Sinto muito. Meus pêsames.
— Doutor Ji Sang! Por favor, volte à sala de cirurgias! — gritou Ana, chorando.
Incrédula, meu antes tão belo sorriso foi totalmente destruído por aquelas palavras que quis não acreditar.
Seungcheol estava com a mão na cabeça, chorando, sem acreditar no que ouviu; grande parte dos meninos estavam sentados, segurando firmemente suas lágrimas, demonstrando uma força que, àquele momento eles não tinham, apenas para confortar o maknae; enquanto isso, Mingyu, Jeonghan, Wonwoo e Seungkwan simplesmente choravam.
— Vernon ainda está naquela sala. Eu sei disso.— Ele não... — Seungcheol começou a chorar ainda mais, não conseguindo completar a frase.
— Ele está lá!
— Vamos para casa.
— Eu não vou sem ele. — disse Lee Chan.
Fui em direção à porta donde doutor Ji Sang entrou, mas Cheol abraça-me por trás, impedindo-me.
— Por favor, solte-me! Solte-me! — gritei tentando soltar seus braços que envolviam meu corpo. — Preciso vê-lo.
A cada palavra, minhas lágrimas caíam cada vez mais; a cada palavra e lágrima, algo dentro de mim ainda dizia que ele não estava morto.
— Você precisa ficar calma! — gritou, e, olhando em meus olhos, completou: — Vai tudo ficar bem. Estamos aqui, OK?
— Mas e ele?
— Ele... Foi embora.
— Não, não foi.
— Você não está sozinha porque tem a gente. Vamos voltar para casa agora e sair desse lugar ruim, tudo bem?
Concordei com um murmuro e levanto-me. Abraço-o fortemente, por um longo tempo. Ouvi-o sorrir fraco, então, digo: — Obrigada. Eu amo vocês.
— Também te amamos.
Entrei no carro ainda chorando. A noite estava a chegar, o pôr-do-sol estava lindo e aquelas folhas verde-rosadas davam um toque especial a tudo. Apesar do acontecido, tentei cada vez mais ser forte, não só por mim e pelos meninos, mas pelo meu filho.
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Carpe Diem [pt.1]
Fanfiction"[...] E foi olhando uma foto nossa que me lembrei de tudo o que vivemos juntos. As pessoas dizem que só temos um grande momento em toda nossa vida. Você me mostrou que elas estão erradas, afinal cada dia em que passamos juntos foram grandes mom...