Carpe Diem [pt.1]

Capítulo 7

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  Foi difícil saber que não ouviria mais o seu "Bom dia, pequena" pelas manhãs ou seus "Você sabe que eu te amo" quando fazia algo errado.

  Sentirei enormes saudades daquele sorriso, do rosto dele e da voz que sempre me acalmava nos dias de chuva. "Calma! Vai ficar tudo bem, é só um trovão", dizia Vernon.

  Suas composições ficarão para sempre vagando por nossas memórias. Sua figura jamais será esquecida, afinal, é como dizem: "Quando um tigre morre, ele deixa seu couro;
Quando um homem morre, seu nome é deixado". Hansol Vernon Chwe, o mundo sempre lembrará de você.

  Sentados no sofá, assistindo um filme qualquer para nos distraímos, vou à cozinha pegar algo para beber. Então, lembro-me da carta que o doutor Ji Sang entregou-me horas atrás:

  "Para ela, para eles; Talvez eu nunca possa voar

Não é que não acredite mais em mim, mas sim que eu não quero tentar resistir porque isso é tudo que posso fazer.

Queria sonhar mais. Ainda tinha tanto o que viver, mesmo assim, sei que está na hora de partir. Essa é a minha realidade. Serão apenas cortes e saturas, mas é o meu destino.

Eu desisti de tentar. Eu desisti de lutar.

Talvez eu nunca possa voar. Aquelas pequenas penas não tiveram chances de transformarem-se em grandes asas.

Talvez eu nunca consiga tocar o céu. Estou cansado de correr.

Perdido em uma infinita escuridão que eu mesmo criei, às vezes deparo-me com pequenos momentos felizes que me perguntavam "Isso realmente vale a pena? Você é feliz assim?", oh, não, sempre respondo que não. Estou com tanto medo. Mesmo assim, seguro firme minhas sete pétalas de crisântemo e continuo à procura da saída.

Esse é o meu destino. Foi o que escolhi para mim. Só não queria que todos vocês fizessem parte disso.

Estou desistindo porque sou fraco. Por favor, não sejam como eu.

Talvez eu nunca acorde. Oh, querida, isso é só uma hipótese. Bem acordado estarei. Por favor, não chore. Bem acordado estarei, por favor, não minta para si mesma.

Deixe seu coração menos preocupado e apenas aceite esse destino. Eu ainda te amo. Amo-te mais do que qualquer pessoa nesse mundo.

Nós rimos, nós choramos. Esses anos com vocês, esses momentos que agora estão na memória ficarão guardados para sempre. Eu disse que não consigo fazer mais nada. Todas as vezes que eu quis desistir, lembrava-me de seus sorrisos que são tão deslumbrantes que faziam-me dar uma segunda, terceira, quarta ou quinta chance para mim mesmo.

Quando eu estava cansado e perdido, naquela época, quando caí em um poço de desespero, mesmo quando me afastei, vocês estiveram firmemente ao meu lado.

Do início ao fim, sempre soube que estariam lá para cuidar de mim.

Obrigado por fazerem desse, o momento mais feliz da minha vida. Amo vocês e tudo que construímos juntos.

Depois de tantos 'até logo', definitivamente venho dizer adeus. Obrigado por tudo.

Para ela: Viva por todos. Viva pelo nosso pequeno. Dói muito saber que não ouvirei suas primeiras palavras, verei seus primeiros passos ou até mesmo seu nascimento. São todas consequências de meus atos tão errôneos.

Para eles: Sejam felizes. Um dia reencontrarei vocês. Segure em minha mão e eu nunca os soltarei. Obrigado por serem meu melhor momento. Continuem o SEVENTEEN sem mim.

  — Hansol Vernon Chwe, o filho, o namorado, o amigo, o rapper, o pai e o único. "

  Cada palavra, cada frase, cada parágrafo... Era como se ele estivesse lendo para mim; sua voz ecoava em minha mente, tornando-o presente naquele momento de ausência eterna.

  Ainda olhando a carta, perplexa, tento colocar o copo sobre a mesa, mas, por descuido, deixo-o cair no chão, quebrando-o, assustando os meninos.

— Luísa! — exclama Jihoon.

— E-Eu estou bem.

— Machucou-se?

— S-Só um pouco.

— Fique imóvel. Não queremos que se machuque mais.

— Tudo bem.

— O que estava lendo?

— Vernon deixou uma carta. Por favor, leia em voz alta.

— Tem certeza?

— Vão em frente.

  Quando terminou de lê-la, Cheol, com os olhos cheios de lágrimas, diz: — Ele te amava.

— Não, ele amava a todos nós.

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