A procura de um ladrão

* Capítulo 4 *

Hoje meu pai não conseguiu tirar folga. Tinha uma coisa boa nisso, por não estar aqui, não poderia me impedir de ir até John.
Ao me levantar dá cama ouço batidas na porta.
Ué quem seria? Pai não seria, pois agora está no trabalho. O mordomo? Mas nunca vinha no meu quarto, mas tudo tem uma primeira vez.
Coloquei meu *hobby e fui abrir a porta.

- Bom dia senhorita Evans. - fala Jack entrando e deixando uma bandeja com café e alguns biscoitos, em cima dá minha escrivania.

- Jack?!O que faz aqui?

Ele não me responde e vai saindo do quarto, até que o puxo pelo braço.

- Espere! Não acha que me deve uma explicação? Você me trouxe o café no quarto? - falo estranhando.

Jack se vira para mim e seus olhos se encontram com os meus.

- Sim.Eu também fiz o cafe. Espero que goste - Fala abrindo um sorriso.

- Henrique deixou? - Pergunto ainda não acreditando.

- Henrique não se importou de me deixar fazer,porem tinha que ser feito um café gostoso.Enquanto você dorme não faço nada, então resolvi fazer algo prestativo neste período. - fala Jack sem graça e já se virando para porta.

- Obrigada. - falo envergonhada.

Ele sorri de novo e sai. Aquele sorriso, por incrível que pareça, me faz sorrir também. Sorrio automaticamente.
Jack estava tão estranho esses dias, agindo estranhamente,as vezes nem parecia o mesmo, que já no seu primeiro dia já se mostrou um idiota. E eu gostava desse Jack de vez em quando.

Admito.

Tomei meu café e que inclusive estava muito bom. Troquei de roupa, desci as escadas em direção a sala, e parei ao ver ele.

- Jack! Né que você sabe fazer café! - falo com um tom brincalhão, lembrando do seu primeiro dia de trabalho.

Ele ri e vem até mim.

- Vai sair?
- Sim. - respondo meio sorridente.
- Posso acompanha- lá?
- É o seu dever. - falo com tom de brincadeira novamente.

- Não seja por isso - fala ele me dando o braço e me guiando até o carro.

Corei com este gesto.
Me senti uma dama.

AAAA

O que havia acontecido com ele? Está tão fofo.Ficou tão diferente de repente.
O motorista já se encontrava no carro, provavelmente Jack o tinha avisado antes. Havia adivinhado que eu ia sair.
Quando foi abrir a porta para mim, o impedi.

- Me deixa abrir minha porta? - pergunto com a expressão triste.

- Como você desejar - fala e em seguida abre sua porta e senta ao meu lado, dentro do carro.

Minutos depois, quebro o silêncio.

- Jack?

- Sim senhorita?

-  Me chame de Kathy, por favor.

- Tudo bem, Kathy - Fala ele com uma aparência feliz. 

 - Quem te ensinou a fazer um café tão gostoso? - Pergunto querendo saber de onde vinha aquele ensinamento e com curiosidade de sua vida.

Ele se encolhe e não me responde.

- Está tudo bem?

- Está...Minha mãe que me ensinou - responde Jack com a voz fraca.

- Porquê isso te entristece?

- Minha mãe faleceu quando eu tinha 12 anos, o mesmo ano que ela me ensinou a fazer café.E depois disso fui morar em um orfanato... - fala Jack com a cabeça baixa.