Meu caminho tinha sido longe ate encontrar Ayden, ele tinha quase saído da cidade, tive que pedir para meu motorista me levar.
- Pode me deixar aqui. - Falo já pegando na maçaneta do carro. - Obrigada Oliver.
Agradeço e saio do carro rapidamente.
Vejo Ayden e o grito.
- Aydenn!!
Ele se vira e me abre um sorriso.
- Olha, você apareceu!. - Fala ele com tom de brincalhão.
Vejo que ele carregava uma sacola.
- O que você veio fazer aqui tão longe? - Pergunto olhando a sacola.
- Haã... sempre venho aqui. - Fala ele indiferente, começando a andar.
- Fazer o que? - Pergunto curiosa o acompanhando.
- Instituição. - Fala ele como se fosse algo obvio.
- Instituição? - Pergunto.
- Sim, eles me doam roupas. - Fala ele meio que envergonhado.
- Ah - A unica coisa que consigo falar.
O acompanho ate o lugar que ele mora sem falar nada,mas ao chegar ele quebra o silencio.
- Cansada? - Ele ri , vendo que eu respirava ofegante.
Mas depois seu riso some, e se forma uma expressão de apreensão
- Kathy - Ele pega na minha mão. - Não sou ladrão. Só queria saber dos meus pais biológicos. E o seu pai, pelo o que fiquei sabendo. Conhecia eles.
- Meu pai? - Pergunto meio perdida. - Mas... Porque não falou diretamente com ele?
- Porque seu pai me conhece, e se me visse me mandaria de volta para o orfanato.
- Mas porque, o que meu pai tem a ver com isso? - Pergunto equivocada.
- Seu pai foi uns dos administrador do orfanato por algum tempo, então provavelmente ele tinha as identidades de meus pais. Pensei que soubesse disso. - Ele fala com um olhar incerto.
- Não...- Falo me perguntando como não sabia daquilo. - Mas porque não quer voltar para o orfanato? Não acha que e melhor que aqui?
Olho para os arredores do lugar onde ele ficava.
- Eu odiava morar no orfanato, não via a hora de sair daquele lugar. - Ele olha para baixo e continua - Quando completei meus 17 anos decidi que não aguentava mais sofrer naquele lugar, sem saber nada dos meus pais. Nunca quis ser adotado, sempre fiz de tudo para nenhum adulto gostar de mim, para nunca me levarem, pois não conseguiria viver com outras pessoas e saber que eles não eram meus pais de verdade, aquilo me machucaria ainda mais. Pensei que o tempo curaria aquele passado, mas saber que eu havia sido deixado pelo meus pais, nunca se cicatrizou, cada vez que via uma criança nova chegar no orfanato, a ferida se abria. - Ele da uma pausa, respira e olha para mim - Então planejei minha fuga para sair daquele lugar. E hoje estou aqui, a procura de noticias de meus pais, atras da coisa que nunca soube. Porque eles me deixaram.
- Nossa Ayden...- Falo raciocinando tudo aquilo.- Mas acho que meu pai não tem como te mandar de volta, quantos anos você tem?
- Tenho 17, então ele ainda pode.
- Eu não deixarei. Você merece saber a verdade de seus pais - Fala abrindo um sorriso. - E não pode ser obrigado a viver naquele orfanato. Eu te ajudarei.
Ele me devolve um sorriso triste. Me aproximo, olhando sua face.
- Kathy, porque você não me entrega para Polícia? Afinal eu não roubei, mas eu invadi sua casa.
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A procura de um ladrão
Ficțiune adolescențiKatherine Evans tem 17 anos, é uma garota bem sensível e determinada, porém só naquilo que te interessa. Seu sonho é se tornar detetive. Ao se mudar para cidade de Marandah, já em seus primeiros dias hospedada, acontece um roubo em sua casa e no de...